quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

P12: Da Suécia com amor!

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Nada de confusões
Nessas cabeças já gastas
Tão cheias de incerteza,
É que o amor da Suécia
É p’lo Cozido à Portuguesa.
Diz-me o nosso camarigo,
José Belo de seu nome,
Que virá de avião, de skate, ou a pé,
Apenas para comer,
O afamado cozido,
Com a malta da Guiné.
É que não sabem vocês
Que por causa de um vento estranho
Que sopra no Litoral e na Beira,
Chegou até á Lapónia
O cheiro da farinheira.
Não contente com isso
Este ventinho maldoso
Levou também consigo
Um cheirinho a chouriço.
Coitado do José Belo
A tiritar do frio imenso!
Quando olha para as renas vê vacas,
E todo o verde são couves,
Cozidas mesmo a preceito.
E o vento que nunca cessa
De lhe levar o cheiro intenso!
É uma dor de alma,
Um tormento,
Não devia ser permitido,
Que odor tão salivante,
Fosse nas asas do vento.
Prometo solenemente
Que te guardo a melhor parte,
Fica com esta certeza.
Não só eu,
Mas toda a gente,
Te servirão alegremente
O “Cozido à Portuguesa”.


Monte Real, 14 de Janeiro de 2010

A 13 dias do Cozido à Portuguesa!!!
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2 comentários:

Anónimo disse...

Na vida de muito "D'ANTES" havia o COZIDO! Talvez na futuro o venha a ter! O momento é dramático porque...já nao "como"!Por outro lado...nao "como" AINDA! O COZIDO do passado desapareceu! Do novo?Do novo nem um chourico ainda existe... E aqui estou eu.....sem COZIDO,sob a neve,entre renas...á espera!

Anónimo disse...

O meu "poema/cozido" foi escrito sobre esqueleto de um POEMA de Augusto Abelaira. Nao resisto a enviar o original. Quanto a mim define bem o que é um "exigrado". .....A vida antiga tinha raízes! Talvez a futura as venha a ter. O momento é dramático porque já nao creio! Por outro lado...nao creio ainda. O passado desapareceu. Do futuro nem alicerces existem. E aqui estou eu...sem tecto...entre ruínas...á espera!