quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

P1275: NA HORA DO ADEUS

                    ATÉ JÁ, JOSÉ EDUARDO!

Não vou ouvir mais a frase que sempre te ouvia quando te ligava: Meu amigo Joaquim!

Sim, não havia um “alô”, um “está lá”, um “estou”, mas “apenas” uma frase com uma inflexão quase como um canto de alegria: Meu amigo Joaquim!

E eu respondia-te: Meu amigo José Eduardo!

E falavas de uma história, de um concerto, de uma exposição, do “teu” Mosteiro, da política, da amizade, de tudo enfim, para tudo embrulhares sempre no mesmo convite: Tens que cá vir, para conversarmos, para matarmos saudades. Tenho tanta coisa para te dizer!

E eu respondia que sim, que íamos marcar, assim que pudéssemos ambos, e tu respondias que também podias vir aqui, que tínhamos de acertar a data.

E fui tantas vezes e tu vieste tantas também!

Mas passear contigo por Alcobaça era “outra louça”! Era assim como que um orgulho ir ao teu lado e ver que toda a gente te cumprimentava e que tu tinhas uma palavra para todos e todos te respondiam com um sorriso.

Desde que te conheci, por causa da “nossa” Guiné, que percebi de imediato o “homem grande” que tu eras, a bondade que em ti se sentia, a sinceridade das palavras, do coração, a preocupação com os outros e o amor inexprimível à família.

Os almoços da Tabanca do Centro assim o iam confirmando todos os meses e a amizade nasceu naturalmente forte.

Tínhamos tantas coisas que nos identificavam!

Uma noite tive um sonho, literalmente um sonho, meu amigo José Eduardo, que me dizia para te convidar para fazeres o Percurso Alpha connosco na paróquia da Marinha Grande.

Hesitei, pensei e repensei se não estaria a entrar na tua esfera mais íntima, mas decidi fazer o convite, pois um não da tua parte nada significava para a nossa amizade.

Mas não foi assim!

Ouvi um sim decidido, dizendo-me que era o tempo certo para fazer esse caminho.

E depois durante 10 semanas, esperava-te à entrada da Marinha Grande para te indicar o caminho para o local onde nos reuníamos.

E, claro, rapidamente fizeste amigos em todos os que ali estavam, como não podia deixar de ser, porque a tua maneira de ser era assim.

E foi um desencadear de coisas novas que descobriste e me foste ajudando a descobrir, uma ansiedade de paz e tranquilidade que me ias dizendo perceberes em ti.

Não me esqueço, meu amigo José Eduardo, no fim de semana do Espírito Santo, depois de eu ter feito a oração de invocação, o abraço que me vieste dar e como chorámos de paz e alegria nos braços um do outro.

E a tua amizade tão cheia de ternura pelo “nosso” Padre Patrício, como sempre o trataste entre nós, a quem ouviste com atenção e dedicação, “apesar” de ser um jovem perto de nós.

Tantas conversas, tantas confidências, tantas portas que abrimos das nossas memórias, tantos perdões, tanta paz, tantos conselhos recíprocos que trocámos!

Depois veio o ano terrível que “fechou” os nossos almoços, que “proibiu” os nossos abraços, que “escondeu” os nossos sorrisos, que quis “abafar” as nossas conversas.

Gente como tu, (e como eu, também), que vive de afectos e proximidade, sofre mais com estes tempos de distância forçada.

E como não paras, arranjaste maneira de editar um livro e pediste-me para escrever um posfácio, que tentei recusar por não me sentir capaz, mas tu convenceste-me como sempre.

Quando foi a apresentação do livro pediste-me para me sentar também na mesa e depois, com um sorriso desconcertante, disseste-me que eu teria de dizer umas palavras, também!!!

Respondi que não estava preparado para tal, mas a amizade falou mais alto.

Deixei-me levar pelo coração e foi nesse dia que disse publicamente que nunca mais te tratava por “Jero”, mas sim por José Eduardo.

“Jero” era um pseudónimo e a nossa amizade era muito real, pelo que, para mim, “apenas” podias ser José Eduardo.

E acho que a tua Helena gostou!

E não me esqueço também que te pedi pelo meu filho Pedro, para procurares um emprego, uma ocupação que ele tanto precisava e nesse mesmo dia já me estavas a responder e passado pouco tempo já o Pedro estava a estagiar em Alcobaça, no “teu” jornal, e tu o tomavas sobre os teus braços e o acompanhavas sempre.

Enchias-me de orgulho quando me dizias que o meu Pedro era um “rapaz” extraordinário e que gostavas imenso de falar com ele.

Marcaste-o com uma forte amizade que ele guarda dentro de si.

E a Dona Catarina, José Eduardo?

Sempre que te referias à minha mulher lá vinha o Dona Catarina e eu dizia-te: Não digas isso José Eduardo, que ela afina!!!

Lembro-me tão bem daquele almoço de frango na púcara, (tinha que ser, em Alcobaça), com a tua Helena, a minha Catarina e nós os dois.

E lá conseguimos acertar mais uma data e há cerca de um mês, lá fui com o Pedro ter contigo a Alcobaça para comermos um opíparo almoço que eu, (usando de chantagem), te obriguei a deixares-me pagar.

Nesse dia, meu amigo José Eduardo, quando nos despedimos, mandámos “às malvas” as regras e demos um abraço forte e sentido.

Esse abraço fica comigo, está em mim, e nunca mais deixarei de o sentir.

Repousa agora meu amigo, junto de Deus que ambos “redescobrimos” e que com certeza, (é tão bom ver as coisas assim humanamente), ouve deliciado as tuas histórias, com os Monges de Cister sentados à tua volta pedindo-te notícias do seu Mosteiro.

Não chegavam as resmas todas de papel para escrever sobre ti e sobre a nossa amizade, nem para tal tenho eu “engenho e arte”, mas mais importante do que isso é eu saber que estás nos braços de Deus e que vives no meu coração.

Espero um dia, pela graça de Deus, chegar ao Céu também e ouvir atrás de mim alguém dizer uma frase com uma inflexão quase como um canto de alegria: Meu amigo Joaquim!

Até já, José Eduardo!

Marinha Grande 28 de Janeiro de 2021

Joaquim Mexia Alves

 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

P1274: PERDEMOS UM AMIGO DO PEITO

     Caríssimos camarigos

Trago-vos, hoje, uma tristíssima notícia.

Faleceu esta noite o nosso amigo José Eduardo Oliveira (JERO), em Alcobaça, a sua amada terra.

O José Eduardo estava doente, recentemente, tendo sido internado no Hospital de Alcobaça, mas nada fazia prever este terrível desfecho que nos deixa em estado de choque.

O José Eduardo era um amigo muito especial para mim, e para todos nós, pois era um homem bom, um contador de histórias, um exímio conversador, sobretudo um amigo do seu amigo, franco, leal e verdadeiro.

Gostava de poder escrever muito mais sobre o José Eduardo, mas neste momento faltam-me as palavras porque o choque é demasiado grande.

Rezo por ele e por toda a sua família, a quem a Tabanca do Centro, com todos os seus membros, acompanha nestes momentos de dor.

Abraços fortes para todos.

Que Deus tenha o José Eduardo no seu eterno descanso.

Joaquim Mexia Alves

Actualização da informação às 15H00 de 27 de Janeiro:

A cerimónia das exéquias do José Eduardo será às 17 horas de 5ª feira, 28 de Janeiro, no cemitério de Alcobaça.

Obviamente será de acordo com todas as regras impostas pela situação de pandemia em que infelizmente vivemos.

Permitam-me que na minha modesta opinião diga que nos devemos todos precaver, novos e velhos, deste terrível vírus que tem dizimado tanta gente.

O José Eduardo vive com certeza nos nossos corações e é/era sem dúvida isso que ele mais pretenderia.

A Tabanca do Centro


P1273: PRAGMATISMO SUECO...

Avançamos com a reprodução de um texto publicado há uns tempos no blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné”, da autoria do nosso camarigo José Belo, um luso-lapão exigrado* há muitos anos na Suécia, de onde periodicamente nos envia notícias.

Embora tendo merecido alguns comentários negativos sobre as medidas avançadas pelas autoridades suecas, não queremos deixar de vos pôr em contacto com esta realidade de uma sociedade que privilegia os aspectos económicos, técnicos e ambientais com um pragmatismo que muitos de nós, neste cantinho, poderão não compreender e  aceitar.

CREMAÇÃO E AQUECIMENTO CENTRAL

Já decorreu mais de uma década sobre o início do processo e, curioso, procurei saber como teria decorrido este projeto. 
Ingenuamente considerei que o mesmo tivesse sido abandonado devido a “explosão” de abaixo assinados opondo-se ao mesmo.

A economia, a técnica, os pragmatismos políticos, demonstram mais uma vez serem mais fortes que outros valores secundários...

Solução económica utilizada por algumas Comunas (nome dado às Câmaras Municipais) na sua busca de diminuir os elevados custos do aquecimento central, gratuito para o cidadão mas, tendo em conta os prolongados invernos com temperaturas bem negativas, extremamente onerosos para o Estado.

A Comuna da cidade de Halmstad, entre outras, apresentou como solução económica o aproveitamento das elevadas temperaturas produzidas aquando do uso dos crematórios.

Esta energia é enviada diretamente para as redes centrais do aquecimento das cidades que, deste modo, economizam avultadas somas tendo em conta ser a cremação a forma de funeral mais utilizado na Escandinávia.

O cidadão, confortavelmente instalado no seu sofá frente a uma TV, com temperatura caseira (gratuita) de 22 graus centígrados, deveria ser levado a meditar que tal bem-estar mais não é que o resultante da cremação da avó, pai, irmão, filho ou neto, amigo ou conhecido.

Mais do que macabro na sua simplicidade económica-funcional será o facto de seres humanos serem  mais ou menos usados como “lenha “ complementar...

Como seria de esperar, tanto os especialistas técnicos das redes de aquecimento como os responsáveis pela cremação garantem que a energia reenviada desde os crematórios para a rede central mais não é que o calor resultante das altas temperaturas necessárias sendo a “comparticipação” dos corpos queimados não percentualmente representativa.

E, muito modernamente, acabam os esclarecimentos com a indispensável referência a quanto de positivo é para o meio ambiente o aproveitamento total deste tipo de energia, diminuindo a necessidade de utilização de complementares poluentes .

Economicamente recomendável!

Tecnicamente recomendável!

Ambientalmente recomendável!

Será exagero sentir um certo “desconforto moral” quanto ao tipo de lenha secundária usada?

José Belo

* Para quem tiver dúvidas sobre o termo “exigrado”, consulte a Centropédia na coluna da direita deste blogue, no referente a “Lapão (ou Luso-Lapão)”.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

P1272: UM EPISÓDIO INESQUECÍVEL

            MEMÓRIAS DO CORONEL FOITINHO

Numa viagem de autocarro de Lisboa para Évora para um convívio da Companhia de Caçadores 675 fomos companheiros de “banco” no autocarro. Já estão passados uns bons anos mas dessa viagem “ficaram-me” memórias que ainda não consegui “apagar” da minha cabeça…

Foram quase duas horas de amena cavaqueira que deram para “troca de memórias” que, apesar do tempo decorrido –  quarenta e tal anos depois – nunca mais acabam.

Uma “estória” de que foi protagonista único o então ”Alferes Foitinho” tocou-nos particularmente. Tem a ver com uma demorada caminhada de... apenas umas dúzias de metros!

O nosso Alferes, depois de cerca de um mês a comandar interinamente a C.Caç. 675, preparava as suas “coisas” para voltar ao Batalhão pois o nosso Capitão Tomé Pinto, regressado do HM 241, de Bissau, tinha voltado a Binta.

A terminar o seu relatório (verbal) o Alferes Foitinho referiu finalmente que tinha colocado uma «armadilha» – granada defensiva com arame de tropeçar – num trilho do lado do Cacheu, frente a Binta. No Oio.

– “Fizeste bem mas antes de ires para Farim vais lá desarmá-la. Só tu é que sabes exatamente o local.” – disse com sua voz tranquila de comando o nosso Capitão.

O Alferes Foitinho olhou para os seus pertences e... não tinha que enganar. Teriam que esperar mais algum tempo pelo dono!

Pôs-se a caminho e chegado ao outro lado do Rio Cacheu… o trilho estava à vista, mas... onde é que era o local certo?! Como num mês tinha crescido o capim!

Onde é que estaria exatamente a armadilha e o seu arame “mortífero”?!

O Alferes Foitinho coçou a cabeça, ajoelhou-se e... deitou-se no chão. Teria que rastejar, cautelosamente, centímetro a centímetro até encontrar (e tocar) no arame sem nele tropeçar. Começou a rastejar e a suar... copiosamente. O calor da tarde estava por todo o lado. Com uma mão à frente da cabeça ia afastando lenta e cuidadosamente as ervas do trilho. 

Na floresta a passarada foi-se habituando à sua presença silenciosa e recomeçou a fazer o que tinha interrompido. O problema era mesmo do Alferes Foitinho. Uma macaca e os seus filhotes passaram por perto, pararam momentaneamente… e afastaram-se.

O que faria por ali, com tanto calor, aquele jovem branco (teria pensado a macaca)!?

O Alferes Foitinho suava enquanto ia rastejando. Onde estará o arame?! Passaram mais alguns minutos que lhe pareceram horas. Sentou-se para respirar melhor e descansar um pouco. A roupa colava-se-lhe ao corpo e o suor, que lhe corria copiosamente da testa, quase não o deixava ver...

“Calma... tens que ter calma. O arame há-de estar por aí. Tenho que o ver… antes de lhe tocar. Armadilha do cara... do caraças!”

E pensava com inveja que a malta da Companhia estava do outro lado do rio a dormir a sesta!

Que calor, gaita!

“Bem, vamos a isto... Rastejar com calma e... passo certo. Já passei por coisas piores. Macacos me mordam se... não é o arame!”

Já não era sem tempo. Afinal ali estava ele. O malvado do arame! “Agora... é com calma. Levantar-me devagarinho e afastar as ervas. Ok. Está à vista. E... está feito. Armadilha do cara... do caraças!”

Finalmente voltou ao aquartelamento. O Capitão Tomé Pinto preparava uma operação para o dia seguinte.

– “Demoraste, pá. Já pensava que te tinhas ido embora sem te despedires. Mais uma vez obrigado por tudo o que fizeste. Cumprimentos ao nosso Ten. Coronel Cavaleiro e... vai dizendo coisas.”

Depois de uma chuveirada, o Alferes Foiteiro fardou-se pela segunda vez e arrancou para Farim. Olhou mais uma vez para lá do Cacheu. Ia jurar que tinha emagrecido 5 quilos nas últimas duas horas...

 “Armadilha do cara... do caraças!”

JERO

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

P1271: PARA RECORDAR... (PARTE 2)

BISSAU, CIDADE COLONIAL DOS ANOS 60/70

Completamos hoje a reprodução de uma série de bilhetes postais sobre a cidade de Bissau dos anos 60/70, iniciada no nosso Post 1254. Estes bilhetes postais foram seleccionados de entre a extensa colecção de fotos disponibilizadas pelo nosso camarigo Agostinho Gaspar.

Como do anterior, os bilhetes postais pertencem à edição “Foto Serra” da Colecção “Guiné Portuguesa”, que aqui publicamos com a devida vénia, renovando os agradecimentos ao Agostinho Gaspar pela sua disponibilidade.

O Palácio do Governador, na Praça do Império
O Museu em Bissau
A Catedral de Bissau
O Aeroporto Craveiro Lopes - uma foto já antiga, em que 
os Super Constelation ainda eram os senhores dos ares...
Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Bissau
Monumento a Teixeira Pinto
Monumento a Diogo Gomes e Edifício da Alfândega
Mesquita Muçulmana em Bissau
Monumento ao Esforço da Raça

Estamos abertos a comentários sobre as imagens agora editadas...


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

P1270: AINDA O CARTÃO DE COMBATENTE

Caros camarigos

Hoje, novamente alertado por um site, fui a este link - https://bud.gov.pt/ac/ - por causa do tal Cartão de Antigo Combatente.

Em algumas mensagens de outros camarigos nossos tinha sido afirmado que era necessário requerer tal Cartão.

No entanto a mensagem que está na página acima referida diz o seguinte:

ATRIBUIÇÃO DO CARTÃO DE ANTIGO COMBATENTE

O Cartão de Antigo Combatente é enviado diretamente para a morada dos AC e respetivas/os viúvas/os, não sendo necessário qualquer requerimento.

Estão a ser desenvolvidas todas as diligências para que lhes possa chegar o mais brevemente possível.

As perguntas que se impõem então são as seguintes:

1 – Já alguém recebeu o Cartão?

2 – Teve que fazer algum requerimento para isso?

Agradeço as vossas respostas na caixa dos comentários para todos ficarmos a saber, afinal, como obter este Cartão de Antigo Combatente.

Abraços para todos

Joaquim Mexia Alves

 

PS: Para consultar a Portaria 210/2020 de 3 de Setembro, que aprova o modelo de cartão de antigo combatente, vão a: 

https://dre.pt/home/-/dre/141721439/details/maximized

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

P1269: ALGO QUE NÃO SABÍAMOS...

                                                                  O LUXO

Fizeram-nos acreditar que o luxo era o raro, o caro, o exclusivo, ter muito, muito dinheiro! 

Tudo aquilo que nos parecia inalcançável!
Agora damo-nos conta, de que o luxo eram esses pequenos gestos que não sabíamos valorizar/apreciar, porque, e tão simplesmente, por serem gratuitos!

Aprendemos agora que:


Luxo, é estar são!

Luxo, é cumprimentar alguém com a mão!

Luxo, é não pisar nenhum hospital!

Luxo, é poder passear pela orla do mar e ouvir o sussurrar das ondas!

Luxo, é passear pelo parque e conversar à vontade com alguém, sem quaisquer receios de nada!

Luxo, é poder sair às ruas, trabalhar e respirar, sem máscaras...

Luxo, é poder reunir-se com a família! com seus amigos, abraçar, beijar!

Luxo, são os olhares!

Luxo, são os sorrisos!

Luxo, é vivenciar intensamente as nossas alegrias!

Luxo, são os abraços e os beijos!

Luxo, é desfrutar vivamente cada instante, cada amanhecer, cada entardecer!

Luxo, é o privilégio de amar e de estar vivo.

Luxo, é dar mérito aos nossos verdadeiros amigos, e àqueles que nos querem bem!

Luxo, é acarinhar, abraçar os nossos velhinhos doentes, que nos são tão queridos!

Tudo isso é um luxo, e não sabíamos!...

Prisioneiros nos encontramos, na esperança da liberdade, que desapareceu das nossas vidas!...

De autor desconhecido

Enviado pelo nosso camarigo

Manuel Frazão Vieira