terça-feira, 28 de novembro de 2017

domingo, 26 de novembro de 2017

P970: O "KAMBUTA" ESTÁ COM BAIXA

ACIDENTE CASEIRO ATIRA O "KAMBUTA" PARA O HOSPITAL


Lamentavelmente acabámos de retirar o Manuel "Kambuta" Lopes e esposa Hortense da lista de inscritos para o nosso convívio do próximo dia 29 de Novembro. Através do seu amigo Manuel Nunes Mendes foi-nos dada a notícia da sua indisponibilidade para estar presente devido a um acidente ocorrido na sua casa, que veio agravar dramaticamente as condições da sua perna já maltratada do anterior.

O Kambuta encontra-se hospitalizado no Hospital de Leiria aguardando a decisão dos médicos a tomar nos próximos dias e que passará muito provavelmente por uma intervenção cirúrgica.

Um retrocesso na situação estável que o "Kambuta" atravessava - segundo as suas próprias palavras - e que não podemos deixar que o possa abater. Um contacto amigo e umas palavras solidárias poderão ajudar este nosso camarigo a atravessar este episódio negativo da sua vida. E sabemos que ele tem em nós um grupo de amigos que irão apoiá-lo neste momento menos bom.

Os editores

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

P967: REVISTA "KARAS" DE NOVEMBRO



Uma arreliadora avaria, já em plena vila de Monte Real, fez atrasar a chegada do Miguel Pessoa ao local da concentração. Enquanto esperava pelo apoio do ACP para substituir a bateria do carro, a Giselda e a irmã Nair avançaram para o local, aqui fazendo companhia ao Artur Soares e ao Jaime Brandão - este último só de passagem, para dar um abraço ao pessoal.


Um grupo habitual nos nossos encontros - o Diamantino Ferreira, António Sousa, Manuel "Kambuta" Lopes e Almiro Gonçalves. Este último passou momentos difíceis durante os recentes incêndios nas matas nacionais do pinhal de Leiria, tendo visto em risco a sua habitação em Carvide.


Um friso de senhoras presentes no convívio - Isabel Gaspar, Hortense Mateus, Helena Frade, Giselda Pessoa e Nair Antunes.


O José Manuel Coutinho Quintas e o Vitor Junqueira lá vão aparecendo, embora não sejam dos mais assíduos... E o António Nobre aparece aqui na companhia do Virgolino Ferreira, por ele inscrito.


No momento da foto da praxe, antes da ida para o almoço, lá apareceu finalmente o Miguel Pessoa, já com o problema do carro resolvido. Felizmente o Kambuta tinha tirado algumas fotos durante a concentração no Café Central, o que garantiu a reportagem da parte inicial, que o nosso editor não tinha podido acompanhar.


O Manuel Mendes e o Kambuta ladeiam o Manuel Frazão Vieira. Todos eles têm sido assíduos participantes nos nossos convívios... assim como o António Sousa e o Vitor Caseiro, que também não costumam faltar. Já o Carlos Manata e o Carlos Prata têm dias sim... e dias não...



O Luís Branquinho Crespo partilhando a mesa com a família Gaspar. O Agostinho, esse lá continua a fazer o pleno das presenças nos nossos convívios . Vai em 64!...
O JERO vai folheando a agenda para não falhar nenhum compromisso . E é vê-lo apressado no fim do almoço para regressar a Alcobaça e dar uma saltada ao "seu" jornal - o Cister - para ver como estão indo as coisas...



O Silvino Correia d'Oliveira "baldou-se" no encontro anterior devido a outros compromissos, mas desta vez conseguiu estar presente. O António Sousa, ao seu lado, esse não tem falhado nenhum convívio...
O casal Gonçalves - Almiro e Amélia - já nos habituou à sua presença. E não falhou - mais uma vez.


O Manuel Mendes por vezes aparece sozinho, que alguém tem que ficar a tratar dos netinhos... Aqui, o Almiro Gonçalves faz-lhe companhia.
Um grupo variado na foto da direita; Em primeiro plano o Carlos Santos, que se fazia acompanhar pelo Raul Santos e José Carvalho. Ao fundo o Vitor Junqueira e o José Pimentel de Carvalho. De pé, o Miguel Pessoa e o Kambuta.



O António Frade e esposa Helena vinham desta vez acompanhados por um estreante, o Fernando Cabeço Cação, que fez a sua comissão em Moçambique.
Como vem sendo hábito o Rui Marques Gouveia vinha acompanhado pelo cunhado, José Jesus Ricardo.



O casal Lopes - Manuel e Hortense - partilhou a mesa com o Miguel Diniz. Noutro canto o DiamantinoFerreira e Emília tinham a companhia do Manuel Frazão Vieira e do Benjamim Mira Dinis.



Uma panorâmica dos dois lados da mesma mesa. Desfalcada de metade do grupo, a dupla sobrevivente de Aveiro - Manuel Reis e Carlos Prata - rodeou-se de reforços: De um lado o Artur Soares e o José Luís Rodrigues, do outro o Carlos Manata e o Vitor Caseiro.



O Manuel Kambuta Lopes foi de grande ajuda neste encontro pois garantiu a cobertura fotográfica da fase incial do convívio na ausência forçada do editor/fotógrafo da revista "Karas". E a dupla responsável pelas contas do almoço - Vitor Caseiro e Carlos Santos - mais uma vez realizou um excelente trabalho. Os nossos agradecimentos a este trio, sempre pronto a colaborar.



sábado, 4 de novembro de 2017

P963: AFINAL HAVIA MAIS...

Já depois de publicado o texto do JERO sobre o Moreira (nosso Poste 962) surgiu um comentário elaborado pelo próprio JERO em que acrescentava pormenores interessantes à saga deste nosso camarada. Achamos que este novo texto merece ser destacado pelo que publicamos hoje o comentário do próprio autor feito ao poste anterior. Será que acaba aqui?...

O MOREIRA – PARTE FINAL (?)

JERO
Depois do nosso regresso da Guiné em Maio de 1966 encontrei-me nos anos seguintes vezes sem conta com o Moreira. Fui ao seu casamento, conheci os seus filhos e mais tarde os seus netos.

O tempo passa a correr e ao longo dos anos muita coisa aconteceu na vida do Moreira. 

Em meados de 2012 telefonou-me e pediu-me para passar um dia ou dois com ele. Queria fazer o seu testamento e precisava da minha ajuda. Avancei de imediato e encontrei um amigo destroçado e carregado de angústias.

Devido a circunstâncias imprevisíveis vivia há cerca de 3 anos longe da família mais “próxima”: a sua mulher, os seus dois filhos e os seus dois netos. O seu “calvário” começara numa fase difícil da sua vida comercial, em que não conseguiu cumprir as suas obrigações para com os fornecedores devido a atrasos de pagamento por parte dos seus clientes.

Vivia então no Porto e, por feitio e maneira de ser, não confidenciou nunca os seus problemas nem à mulher nem aos filhos. Esperava ser capaz de superar as dificuldades sem “partilhar” os seus problemas. Iniciou uma “guerra de silêncio” com os seus e o sofrimento permanente em que se transformou a sua vida não abrandou jamais.

Apareceu entretanto no “filme da sua vida” o marido da filha que, parecendo poder ser de início um “elo de ligação” com a família, se veio a revelar uma personagem maquiavélica. O genro transmitiu à família que as suas dificuldades se deviam… “a uma vida de estroina”…

E este “bom rapaz” conseguiu minar a confiança da mulher e dos filhos, que esqueceram todo um passado de trabalho e dedicação do Luís.

Quando me chamou tinham passados 3 anos da sua rotura com a família. O que mais lhe custava era o afastamento dos seus netos: uma menina com 15 anos e um rapaz com 11.

De vez em quando falava com eles pelo telemóvel mas em condições que sentia que não eram espontâneas dada a proximidade da mãe, que impôs que tudo passasse por ela antes de falarem com o avô.

Por ironia do destino e para “ter um telhado” passou a viver e a tomar conta da mãe da sua mulher, viúva, doente e acamada. Passou os dias a cuidar da pequena quinta da sogra, que tem algumas árvores de fruta e canteiros de tomates, beringelas e outras “verduras” de primeira necessidade. Vê televisão, ouve rádio e dorme muito mal. Na parede do quarto onde dorme, bem perto da sua cama, tem várias fotografias dos netos. Que lhe sorriem mas… apenas no papel. 
O Moreira

E é aqui que entro eu e os meus dotes de escritor, como o Moreira me chama, para fazer o seu testamento.

“Quando morrer o meu corpo irá para uma Faculdade de Medicina para ser estudado por futuros médicos. Quando estiver “todo estudado” já deixei instruções para ser cremado. As minhas cinzas devem seguir depois para o cemitério da terra onde nasci. Na minha campa quero apenas que fique a minha fotografia e seja colocada uma lápide com o meu nome e com o emblema da “675”, a minha Companhia de Caçadores dos meus tempos da Guiné. A minha última família.”

Passaram 5 anos. Estamos em 2017. A sogra do Moreira já partiu deste mundo. O meu amigo, divorciado e sem família, ficou sozinho e a viver em casa emprestada por um nosso camarada da Guiné.

Mas já não está sozinho. O mundo dá muitas voltas... e o Moreira casou há dias com uma “menina” de 45 anos, também divorciada. O mundo não pára!

Ainda quererá ir para a Faculdade de Medicina para ser estudado por futuros médicos?
Não me parece. Está agarrado à vida mais do que nunca. E tenho a certeza que, se não rasgou o testamento que eu ajudei a escrever, já nem sabe onde ele está.

Bora viver, Moreira! Dá um beijo meu à Filipa.

JERO