quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
P299: UMA NOTICIA TRISTE
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Hoje o nosso grande amigo Vasco
da Gama teve uma tristíssima notícia.
Faleceu a sua sogra.
Nestes momentos as palavras são
escassas, para dizer a um amigo o quanto sentimos o seu sofrimento.
É melhor exprimirmo-nos por
gestos, e dar um abraço forte, apertado, cheio de sentimento e envolver o nosso
amigo na nossa inquebrantável amizade.
É o que agora fazemos à Celeste e ao Vasco da Gama, neste
hora dolorosa, esperando de Deus a Sua infinita bondade para quem partiu, e a
Sua companhia de amor para quem fica.
Estamos convosco, Celeste e
Vasco, na sincera amizade que nos une.
Nota:
Quem quiser pode deixar aqui na caixa de comentários o seu abraço de amizade à Celeste e ao Vasco.
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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
sábado, 12 de janeiro de 2013
P295: O "ARRAIAL"!!!
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Num almoço da CART 3492, (companhia a que pertencia na minha chegada à Guiné), que tivémos em Monte Real, o António Azevedo, nosso médico "de serviço", (é sempre bom ter um médico por perto nestes almoços...), que esteve connosco no Xitole, contou-me a seguinte história de que eu já não me lembrava.
Contou ele que, quando foi o primeiro ataque ao Xitole, estava no exterior da "messe" de oficiais e ao ouvir os sons das saídas de morteiro e canhão sem recuo, começou a olhar para o ar para ver onde era o "arraial", pensando estar em Viana do Castelo nas festas ou coisa parecida.
Contou também que se sentiu projectado no ar e caiu dentro da vala, tendo eu caído por cima dele.
Tinha sido eu que o tinha "atirado" para a vala ao dar-me conta que ele não percebia o que se estava a passar!
Se fosse hoje, com o meu peso, esmagava-o!!!!
Joaquim Mexia Alves
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da 1ª flagelação ao Xitole em 04.04.1972
recuperadas depois da 1ª flagelação ao Xitole em 04.04.1972
Ao fundo vêem-se as valas que utilizávamos durante as flagelações.
Num almoço da CART 3492, (companhia a que pertencia na minha chegada à Guiné), que tivémos em Monte Real, o António Azevedo, nosso médico "de serviço", (é sempre bom ter um médico por perto nestes almoços...), que esteve connosco no Xitole, contou-me a seguinte história de que eu já não me lembrava.
Contou ele que, quando foi o primeiro ataque ao Xitole, estava no exterior da "messe" de oficiais e ao ouvir os sons das saídas de morteiro e canhão sem recuo, começou a olhar para o ar para ver onde era o "arraial", pensando estar em Viana do Castelo nas festas ou coisa parecida.
Contou também que se sentiu projectado no ar e caiu dentro da vala, tendo eu caído por cima dele.
Tinha sido eu que o tinha "atirado" para a vala ao dar-me conta que ele não percebia o que se estava a passar!
Se fosse hoje, com o meu peso, esmagava-o!!!!
Joaquim Mexia Alves
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
P294: "ALODANDO" NO COMO
Deparando com
estas fotos dos velhos tempos relembrei os factos que nos envolveram há 39 anos
e não resisti a recuperar o texto que já há uns tempos vi publicado em dois
blogues – “Luís Graça & Camaradas da Guiné” e “Especialistas da BA12”. Esclareço
que quando digo “nos envolveram” me refiro também a mim. Afinal, embora não o
tenha referido no texto, eu era o piloto do Fiat G-91 que descolou em busca do
DO-27…
Mesmo correndo o
risco de ser repetitivo aqui segue o texto, já conhecido por alguns.
DO-27 NO CHARCO DO COMO
Na manhã do dia 17 de Novembro de 1973 o
Centro de Operações do Go1201, na BA12, recebe um pedido de evacuação, vindo de
Catió, tendo de imediato destacado um DO-27 para efectuar essa missão. A equipa
de alerta era constituída pelo Fur. Ivo Mota, da Esq. 121, e pela Enfª
Paraquedista Giselda Antunes, e a eles se juntou a Enfermeira Paraquedista
Natália Santos, acabada de chegar à Guiné e que, por ser "pira",
acompanhava as "veteranas" nas evacuações, para "ganhar
calo".
Estava-se já na época pós-Strela, que
tinha trazido diversas restrições à navegação aérea. Entre a opção de subir
para 10.000', descendo depois à vertical do destino, o piloto optou pela outra
opção possível, que era a de efectuar todo o voo a baixa altitude (50' a 100'
sobre o terreno - o correspondente a 15 a 35 metros).
Para evitar zonas mais perigosas o Fur.
Mota decidiu então seguir ao longo da linha de costa, sobre a água, contornar a
ilha de Como (refúgio do PAIGC), subir o rio Cumbijã e, atingido Cufar,
dirigir-se em linha recta para Catió.
O voo decorria normalmente a baixa
altitude; à passagem por Bolama tiveram a oportunidade de ver o navio que fazia
o transporte de víveres e material, que se dirigia para sul. O DO-27 não
parecia ressentir-se de qualquer problema resultante do incidente da véspera. O
avião sofrera um choque com um pássaro que lhe tinha acertado no hélice, mas a
inspecção feita ao avião no intervalo dos dois voos não tinha detectado
qualquer anomalia.
Rapidamente, os ocupantes abandonaram o
avião procurando, atascados no lodo, alcançar uma zona de águas mais profundas,
onde pudessem, mergulhados, ficar menos expostos a olhares da margem e ser
eventualmente "pescados" pelo navio que pouco antes tinham visto a
navegar naquela direcção.
Ter-se-iam passado duas horas desde a
aterragem forçada no local quando detectaram uma embarcação do tipo Zebro que
se aproximava do local, atraída pela silhueta do DO-27 atolado. Desconfiados,
continuaram metidos na água pois a distância não permitia uma identificação
eficaz do pessoal que se aproximava. Com a aproximação do zebro puderam
verificar que os tripulantes eram brancos, o que os levou a chamar a sua
atenção. Rapidamente foram recolhidos e levados para o navio de guerra a que o
zebro pertencia e que se aproximava entretanto do local.
Na BA12, entretanto, alertados pela
falta de reportes do DO-27, tinham mandado descolar um Fiat G-91 que, seguindo
o percurso mais provável voado pelo DO veio rapidamente a localizá-lo no
tarrafo. Imediatamente a Força Aérea pediu a colaboração da Armada, que
deslocou uma segunda embarcação para o local.
Terá então havido aqui alguma falta de
comunicação pois o segundo navio atarefava-se na busca do piloto no local
quando este já se encontrava no primeiro navio. Mas mais vale a mais do que a
menos...
O facto é que, depois de recuperada pela
Armada, mesmo sem dispôr de material (perdido no acidente) a enfermeira Giselda
ainda foi fazer a evacuação a Catió, num outro avião entretanto
disponibilizado, que "serviço é serviço"...
No dia seguinte, uma LDG da Armada
iniciou os trabalhos de recuperação do avião, aproveitando a fase da maré alta,
que permitiu a aproximação ao local. A içagem do avião infelizmente não correu
tão bem como se pretendia. Na primeira tentativa o DO acabou por cair novamente
na água, ficando ainda mais danificado... Provavelmente foram maiores os
estragos nessa altura do que na altura da queda! Não foi no entanto importante,
pois o destino dele seria sempre a sucata. A deformação da estrutura e a
corrosão da água do mar tinham provocado danos irreparáveis no avião.
Podemos imaginar que o fim feliz deste
acontecimento se deveu a um conjunto de factores favoráveis que podiam muito
bem não ter acontecido:
O facto de o avião
voar bastante baixo, não sendo observável das tabancas existentes;
A aproximação final
do avião ao ponto de queda com o motor parado, não tendo, pelo seu silêncio,
alertado ninguém próximo (detectou-se depois uma tabanca com população
presumivelmente hostil a cerca de 700 metros);
A existência de um
navio da Armada, em missão de vigilância próximo do local, o que permitiu a
rápida recuperação dos ocupantes do DO-27.
sábado, 5 de janeiro de 2013
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