terça-feira, 22 de agosto de 2023

P1414: UM COMPANHEIRO FIEL AO LONGO DESTES ÚLTIMOS ANOS

Deixamos-vos algumas imagens que documentam a participação empenhada do nosso saudoso camarada Manuel Nunes Mendes ao longo destes últimos anos nos convívios da Tabanca do Centro, participação muitas vezes alargada à esposa Idalina e até aos dois netos, Henrique e Alexandre.

À família enlutada enviamos os nossos sentidos pêsames. 

A Tabanca do Centro











segunda-feira, 21 de agosto de 2023

P1413: MANUEL NUNES MENDES

.
.



Só agora, alertado pelo nosso camarigo Manuel Lopes, (que está no Hospital de Leiria onde foi operado ao coração e felizmente se encontra em boa recuperação), soube do falecimento do nosso querido camarigo Manuel Mendes.

Pela notícia publicada por sua filha Sandra, sabemos que deu entrada no Hospital neste fim de semana e faleceu ontem, dia 20, tendo sido celebrada Missa hoje, dia 21, pelas 9.45 na igreja de Parceiros de onde seguiu para Vila Verde, onde terá sido sepultado esta tarde.

O Manuel era uma presença constante, com a sua mulher, nos almoços da Tabanca do Centro e muitas vezes levavam os seus netos com eles.

Era um homem bom e um bom camarigo, que se preocupava com os outros e um constante impulsionador de monumentos aos Combatentes.

A sua morte é uma tristíssima surpresa, pois ainda no último almoço em 30 de Junho mais uma vez ele nos perguntava quando seria o próximo almoço como que a fazer “reserva” para contarmos com ele.

Os Combatentes não morrem, ficam a viver nos corações dos outros Combatentes e vão-nos fazendo companhia ao longo do tempo que nos resta para nos juntarmos a ele.

À sua mulher Idalina e a toda a sua família a Tabanca do Centro envia um forte e sentido abraço pedindo desculpa por não termos estado presente nesta hora tão difícil, apenas porque não sabíamos desta tristíssima notícia.

Que Deus te dê o merecido eterno descanso, Manuel, e vai esperando por nós, porque depois “almoçaremos” juntos no Céu.




Marinha Grande, 21 de Agosto de 2023
A Tabanca do Centro
Joaquim Mexia Alves

sábado, 5 de agosto de 2023

P1412: PARA LÁ DO SOL POSTO...

                 O ANIMAL MAIS PERIGOSO…

O nosso camarada José Belo deixa-nos hoje algumas dicas como caçador experimentado, já com mais de quarenta anos de provas dadas no extremo norte da Suécia, na sua querida Lapónia.

Quem vive isolado nesta região, sem vizinhos próximo, está habituado a providenciar o seu próprio sustento através da caça e da pesca. Arcas congeladoras são importantes para guardar durante todo o ano as grandes quantidades de carne selvagem que aqui vai sendo abatida e consumida, para além dos diversos peixes locais como a truta e o salmão.

Lembro que um alce fornece muitos mais quilos de carne consumível que um cavalo grande. As renas funcionam um bocado como os porcos na Lusitânia... tudo se consome, desde o lombo, filé, febras, perna fumada, sangue para enchidos etc.

Por aqui encontrar alces e abatê-los não é difícil pois existem alguns milhões (!) na Escandinávia. O problema surge quanto ao transporte da carne do animal abatido para casa.

Um alce adulto é maior e mais carnudo que um cavalo grande. Para um grupo de caçadores é fácil distribuir a melhor carne por todos. Aqui onde vivo o vizinho mais próximo está a cerca de 300(!) quilómetros da minha casa, por isso a “equipa” de caçadores é constituída por este Lusitano único...

Ou se tem a sorte de abater o alce à beira da picada (a densidade das florestas e o tipo de terreno preferido pelos alces tornam praticamente inutilizáveis os veículos aqui usados ) ou há que esquartejá-lo aproveitando unicamente a carne mais conveniente para grelhar, assar ou fumar.

Julgar que se pode deixar o cadáver esquartejado para vir buscar mais carne, curtas horas depois, traz sempre a surpresa de só restarem no local a pele mais grossa e… os cornos da alimária!

Os caçadores lusitanos habituados (noutros tempos!) a colocar uma dúzia de perdizes à cintura devem levar em conta este pequeno-grande detalhe.

E, para colocar a carne ao ombro, há que não esquecer que a mesma deverá ter sido cuidadosamente raspada de toda a pelagem. Não o fazer leva a que tanto o pescoço, as costas e o vestuário fiquem completamente crivados de carraças, que incrivelmente sobrevivem aos quarenta e tal graus negativos dos invernos locais!

Apesar das vacinas há sempre o perigo das muito graves consequências da febre da carraça.

Sem querer entrar em humor político o facto é que de há muito sofremos de uma invasão russa de uma espécie de carraças, transportada pelos rebanhos de renas nas suas deslocações e pelos animais selvagens, que obviamente não “reconhecem” a fronteira russa.

A experiência diz-nos que as vacinas actualmente existentes não afectam este tipo de carraças novas na Escandinávia. Por isso, com o humor “seco” típico da Lapónia, os locais respondem sempre aos visitantes que perguntam quais são os animais mais perigosos que podem ser encontrados (esperam referências a ursos, alcateias de lobos ou víboras):

- “O animal mais perigoso de encontrar na floresta é… a carraça!”

                                                                                                                    Um abraço do José Belo