quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

P1099: POR UMA BOA CAUSA, NO PRÓXIMO DIA 9 DE FEVEREIRO


Contactou-nos o nosso camarigo Luís Branquinho Crespo, solicitando-nos a difusão do cartaz e convite junto do pessoal da Tabanca do Centro, dando-lhes conhecimento e convidando-os para estarem presentes na Festa que a “Resgatar Sorrisos” vai levar a efeito.

O espectáculo realiza-se no próximo dia 9 de Fevereiro pelas 21.30 horas no Teatro José Lúcio da Silva e tem como objectivo permitir que a "Resgatar Sorrisos" (ONGD) possa concluir a Escola que leva a efeito em Candamã (Guiné-Bissau) e cuja construção já vai no lintel.

CONCERTO SOLIDÁRIO

No próximo dia 9 de Fevereiro pelas 21:30 horas terá lugar em Leiria no Teatro José Lúcio da Silva um Concerto Solidário organizado pela Associação Humanitária “Resgatar Sorrisos” com vista à angariação de fundos para a construção de uma Escola em Candamã na Guiné-Bissau. E a ajuda à construção dessa escola contribui também para fazer sorrir Crianças com Paralisia Cerebral em Leiria da A.P.P.C..

Nesse Concerto Solidário actuará o conjunto “Projecto Fado com Alma” garantindo assim uma viagem pelo Fado, de alguma forma diferente com uma alma própria e intensa, com o objectivo de homenagear o fado e melodias portuguesas de sempre. Os elementos que compõem este projecto interpretam os diversos temas com toda a alma do fado, onde diferentes sonoridades se destacam acompanhadas por uma componente multimédia.

Será mais um Concerto do “Projecto Fado Com Alma” após a sua passagem pelo Casino da Figueira da Foz, pelo Teatro da Malaposta em Lisboa, pela SIC e RTP, entre outros.

Vem ao Concerto Solidário no próximo dia 9 de Fevereiro pelas 21:30 horas em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva  (aberto entre as 18:00 e as 21:30 horas), e com pouco mais de doze sorrisos ajuda à construção de uma escola na Guiné-Bissau. Aguardamos pela vossa presença.

Vem e ajuda a construir uma Escola na Guiné-Bissau!


RESGATAR SORRISOS – Associação Humanitária para a Cooperação e Desenvolvimento
Largo da Infantaria 7, n.º 19, 1.º Andar, 2410 - 111 Leiria – Portugal
Tel. (351) 244 843 270 7 / Fax: (351) 244 843 279; Tm 91 835 32 65; Tm 964 396 573




segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

P1097: O FUTURO DE PORTUGAL PASSAVA POR SPÍNOLA


GENERAL SPÍNOLA, O MILITAR QUE PODIA TER MUDADO A HISTÓRIA DE PORTUGAL


António Sebastião Ribeiro de Spínola foi um militar e político português e o décimo quarto presidente da República Portuguesa, o primeiro após o 25 de Abril de 1974. Filho de António Sebastião Spínola e de Maria Gabriela Alves Ribeiro nasceu em 11 de abril de 1910 em Estremoz.

General António de Spínola
Estudou no Colégio Militar, em Lisboa, entre 1920 e 1928. Em 1939 tornou-se ajudante de campo do Comando da Guarda Nacional Republicana.
Germanófilo, partiu em 1941 para a frente russa como observador das movimentações da Wehrmacht, no início do cerco a Leninegrado, onde já se encontravam voluntários portugueses incorporados na Blaue Division.
A 23 de Janeiro de 1948 foi feito Oficial da Ordem Militar de Avis, tendo sido elevado a Comendador da mesma Ordem a 16 de Maio de 1959.
Em 1961, em carta dirigida a Salazar, voluntaria-se para a Guerra Colonial, em Angola. Notabilizou-se no comando do Batalhão de Cavalaria n.º 345, entre 1961 e 1963.
Foi nomeado governador militar da Guiné-Bissau em 1968, e de novo em 1972, no auge da Guerra Colonial. Nesse cargo, o seu grande prestígio tem origem numa política de respeito pela individualidade das etnias guineenses e na associação das autoridades tradicionais à administração, ao mesmo tempo que continuava a guerra por todos os meios ao seu dispor, desde a diplomacia secreta (encontro secreto com Léopold Sédar Senghor presidente do Senegal) a incursões armadas em países vizinhos (ataque a ConakriOperação Mar Verde em 22 de Novembro de 1970).
A diplomacia secreta teve um rude golpe para a estratégia da condução da guerra, definida pelo General António de Spínola, com a morte trágica dos 3 Majores e seus acompanhantes, em 20 de ABRIL de 1970, na região Pelundo/Jolmete.
“As mortes terão sido executadas por indivíduos vindos de Conacri para o efeito e, pelo menos, os chefes guinéus envolvidos nas negociações terão sido fuzilados. O assassinato dos majores produziu um maior desentendimento entre os guineenses e os cabo-verdianos porque eram guineenses os que estavam a negociar o regresso dos guerrilheiros à revelia dos comandos do PAIGC. Foram denunciadas as conversas com os militares portugueses, o comando do PAIGC mandou matar os majores e depois fuzilar os chefes dos guerrilheiros envolvidos na negociação”. (1)
Todavia, o General Spínola não desistiu de continuar por via de conversações a procurar uma solução para a Guiné.
O Presidente Senghor, em alternativa negocial a Marcello Caetano, escolhe o Governador e Comandante-Chefe da Guiné. O encontro secreto, com autorização do Governo de Lisboa, deu-se a 18 de Maio de 1972, em Cap Skirring, no Senegal. Na reunião Senghor propõe novos encontros a outro nível com vista às possibilidades de mediação entre as autoridades nacionais e o PAIGC, apresentando como ponto de partida um cessar-fogo e a concessão de, pelo menos, 10 anos de autonomia progressiva com vista a uma ulterior independência, no quadro de uma comunidade luso-afro-brasileira ou, apenas, luso-africana.
Alfredo Pinho
A partir daqui partilho detalhes desta operação que me foram facultados por um piloto de helicóptero que tive o privilégio de conhecer num recente convívio da Tabanca do Centro em 28 de Novembro de 2018.
O piloto em causa – o então Alferes Miliciano Piloto Alfredo Pinho - a quinze dias do final da sua comissão foi convocado para pilotar um helicóptero para um destino secreto, só revelado algumas horas antes da saída. Transportou nesse helicóptero o Major Fabião e o Inspetor da Pide Fragoso Alas.
Num segundo helicóptero, o então Comandante da Esquadra 122, Capitão Zúquete da Fonseca, que descolou cinco minutos depois, era acompanhado pelo Governador Geral da Guiné, General Spínola e pelo Capitão Nunes Barata.

Foto de arquivo, com o piloto Jorge Félix
O destino era uma pista situada alguns quilómetros a norte da fronteira norte, já no Senegal, junto a Cap Skirring. Depois de aterrar, o Alf. Pinho teria de confirmar para o Cap. Zúquete, no segundo heli (onde vinha o General Spínola), se existiam condições de segurança para a sua aterragem.
Junto à pista estava estacionado um Dakota DC-3 da Força Aérea, com dois pilotos senegaleses, um capitão e um sargento. Notava-se também, junto à pista, muito movimento de viaturas militares e tropas regulares do Senegal.
Seguiu-se uma reunião secreta com o presidente Senghor no sentido de procurar uma solução de paz honrosa entre a Guiné portuguesa e o PAIG.
Assim aconteceu e enquanto durou a reunião - cerca de uma hora e meia- voavam em alerta a 8000 pés de altitude, dois Fiat G-91 pilotados pelo Tenente-Coronel Brito, então Comandante do Grupo Operacional 1201, e pelo Coronel Moura Pinto, então Comandante da Zona Aérea.
A poucos quilómetros a sul, junto à fronteira, estavam estacionados 8 helicópteros com paraquedistas prontos para intervirem, se necessário fosse.
Os pilotos dos Fiats tinham instruções para bombardear e metralhar a zona onde decorreu a reunião tentando evitar a todo o custo, juntamente com os paraquedistas, uma possível captura do general Spínola.
Se tal tivesse acontecido - como alguns anos antes, quando uma infame traição tirou a vida a oficiais portugueses - talvez muito poucos sobrevivessem para testemunhar o facto.
Felizmente, dessa vez, não houve traições, ficou aprazada nova reunião e toda a gente pôde regressar a Bissau nesse dia.
Coronel Carlos Fabião
Com o apoio de outra fonte (entrevista a Carlos Fabião feita por Maria João Avillez) continuo a partir do registo anterior para uma análise geral da situação política e militar respeitante aos últimos anos da presença portuguesa na Guiné.

Carlos Fabião, Coronel reformado do Exército português aos 63 anos, foi em diversas comissões de serviço em Angola e na Guiné um herói de guerra - e, por isso, promovido, louvado e condecorado. Era um dos "sete magníficos" que rodeavam Spínola, um grupo que, durante anos, trouxe aos ombros as esperanças e o orgulho do general nas savanas africanas. Conheceu o General Spínola durante uma terceira comissão entre 1968 e 1970 na Guiné.
“O General Spínola correu a Guiné toda, tirou as suas conclusões e mandou embora uns tantos civis e militares que eram pouco competentes. A dada altura, o General faz uma reunião com todos os oficiais, onde nos disse que a guerra subversiva não se ganhava militarmente.
O general Spínola no seu Livro “Portugal e o Futuro” inspirou-se bastante no projecto que o Senghor tinha para a África francesa. Como aliás o próprio Senghor também se deixou influenciar pelos discursos feitos pelo general Spínola e pelos seus planos. Esta influência recíproca motivou o já referido encontro entre os dois que foi conseguido pelo homem da PIDE Fragoso Alas. E no dia marcado, o Spínola vai ao Senegal, acompanhado pela sua equipa, conferenciar com o Presidente Senghor.
Presidente Senghor, do Senegal
O encontro foi num Clube Mediterranée, em Cap Skirring, que havia perto da fronteira com a Guiné. Na sala estavam apenas o general Spínola, o Alas e o Nunes Barata. Eu [Carlos Fabião] fiquei junto dos helicópteros, cabendo-me a decisão de fazer avançar ou não as tropas. Em caso de azar, o ponto de honra era que eles (o PAIGC ou as forças do próprio Senegal) não apanhassem o general Spínola vivo...
Felizmente não foi preciso e tudo correu bem…menos a decisão que veio de Lisboa. Marcelo Caetano proibiu tudo e exigiu o fim de todas as negociações. Foi uma tremenda desilusão.
Enquanto na Guiné tentávamos uma paz com honra surge em Lisboa um outro projecto: Sá Carneiro e a Ala Liberal convidam Spínola a candidatar-se à Presidência da República, em 1973. O general respondeu que ia estudar a questão. A estratégia do Sá Carneiro era afastar de vez Américo Thomaz, que na altura era o óbvio suporte de toda a direita radical. E nesse caso, se Thomaz fosse afastado, só restaria a Marcello candidatar-se ele próprio à Presidência da República. É de resto o próprio Sá Carneiro quem explica isto a Spínola, adiantando-lhe, inclusivamente, que, a dar-se este caso - Marcello avançar para a eleição presidencial - Spínola teria que desistir para lhe deixar o caminho livre.
Dá-se o 25 de Abril. Começam as clivagens, horas, ou dias depois... Mas o general não aceitou reconhecer a Republica da Guiné. Não quis fazer esse gesto.”
O general Spínola ainda se convenceu de que se pudesse ir à Guiné... Mas a verdade é que, naquele momento, já não tinha prestígio. Os indivíduos que o tinham aplaudido passaram a assobiá-lo... Os africanos podiam não ser cultos, mas não eram parvos! E já tinham percebido que o "senhor" de Lisboa acabara com a chegada da revolução... Agora, o "senhor" chamava-se PAIGC. O coronel Fabião volta à Guiné e teve oportunidade de verificar a "força" e a "fragilidade" do PAIGC. Pensava que eram todos do PAIGC, mas afinal não eram.
“… A gente, dantes, desconfiava que eram todos... mas, ao fim ao cabo, não eram. E eu, assim, também não estava em condições de dar qualquer informação ao general Spínola, porque deparei, à chegada, com problemas gravíssimos: cada remessa de jornais que chegavam da metrópole dava origem a greves iguais às que se faziam aqui. Os africanos sabiam que nós estávamos de partida e que a seguir viria o PAIGC, portanto, todos queriam ser promovidos, aumentados - para que o PAIGC ficasse com esse encargo aos ombros... e faziam greves medonhas. Senghor tinha razão: já não era possível viabilizar qualquer projecto como ele e Spínola, uns anos antes, tinham defendido. Spínola ainda quis fazer lá um congresso, mas o PAIGC nunca quis que o general lá voltasse: recomeçaria a guerra imediatamente caso ele levasse por diante tal ideia.”
Carlos Fabião foi o último Governador num território onde combatera por diversas vezes, que conhecia bem e onde tinha seguido as pisadas, o projecto e a" fé" de um homem que admirara, o general Spínola.
“… Houve de facto uma parte muito amarga e violenta, outra que o não foi. Custou muito - até escrevi uma carta ao general Spínola a dizer isso - o facto de estar a desfazer um império. Mesmo sabendo que alguém teria de o fazer, custava-me ser eu a fazê-lo. Era talvez egoísmo, mas teria preferido que fosse outro o responsável pela resolução daqueles problemas todos.
Aquilo estava prestes a cair por um desastre militar. E nesse sentido, até foi bom ter ocorrido o 25 de Abril, estava tudo mesmo a cair... Um batalhão tem 600 e tal homens e havia lá batalhões que só tinham três oficiais do quadro permanente, sendo o restante composto por milicianos. Ninguém percebia nada de nada, tecnicamente falando. E, além disso, ninguém estava, como sabe, disposto a morrer naquela guerra.
…Começou por haver gente disposta a morrer e depois não houve mais. Não digo que mesmo no final, no meu tempo de governador, não houvesse um ou outro...Depois de Maio de 68, começaram a aparecer indivíduos com outra mentalidade... Houve um que me disse na cara: Eu estou aqui apenas a defender o meu direito de viver em Portugal! Isto significa que, a partir daí, era outra gente que fazia a guerra, não era a gente de 61, de Angola, nem pouco mais ou menos... No final, os soldados iam para lá para tentar-se ver-se livres daquilo o mais depressa possível.”
Quase no final da entrevista a jornalista pergunta a Carlos Fabião:
P. - Não foi consigo que se passou um episódio segundo o qual mandou desmobilizar diversos batalhões de negros que tinham combatido do nosso lado e que depois vieram a ser fuzilados pelo PAIGC?
R. - Foram fuzilados muitos meses depois.
P. - Mas foi ou não por sua iniciativa - e sua palavra - que eles depuseram as armas confiando que teriam outra sorte e foram depois mortos?
R. - A tropa, quando é licenciada, entrega as armas, entrega os equipamentos, entrega tudo. O PAIGC prometeu não lhes fazer nada.”
Mas fez.
Carlos Fabião regressa a Portugal e soube mais tarde que “eles tinham fuzilado uns quantos”!
Como Coronel é eleito depois do “Verão Quente” Chefe de Estado-Maior do Exército. E entra na guerra de cá. O “28 de Setembro” foi uma confrontação entre o Partido Comunista e o General Spínola que, segundo ele, devia ter sido evitada.
Depois de Tancos deixa de ver Spínola.
Marechal Costa Gomes
Costa Gomes chama Fabião a Belém. São os tempos conturbados de Vasco Gonçalves, altura em que Carlos Fabião esteve quase a ser primeiro-ministro.
Dá-se o 25 de Novembro onde Carlos Fabião não teve qualquer papel - apesar de ser Chefe do Estado-Maior do Exército. Passa finalmente à reserva em 1993.
Na entrevista refere que, passados 20 anos em relação aos tempos da Guiné, não havia comparação entre o Portugal de 1974 e o de então. Tem saudade de Spínola mas releva o papel do Marechal Costa Gomes, que “salvou o País de uma grande desgraça”.
O tempo não parou. O General Spínola faleceu em Lisboa em Agosto de 1996. O Marechal Costa Gomes morre cinco anos depois. Em 2006 falece Carlos Fabião.
CAP SKIRRING é uma ténue memória do passado. E a Guiné-Bissau é o 4º. país mais pobre do Mundo…

JERO     

(1) Texto a  págs. 98 do livro "A Guiné e a Ruptura com Marcello", de Carlos Santos Pereira 

(2) Algumas imagens foram reproduzidas, com a devida vénia, do blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné"

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

P1095: DA SUÉCIA, COM SAUDADE


O texto que se segue foi enviado pelo nosso camarigo José Belo como comentário ao Poste 1094, a propósito da história (já antiga) nele contida. Foi inicialmente incluído naquele mesmo Poste como comentário, mas considerou-se posteriormente que mereceria destaque maior como Poste autónomo. Por isso aqui fica.
Miguel Pessoa


José Belo
Herr Överste.
Só agora fui até à revista Karas.
Surpreendido. Sensibilizado.
Pensei escrever um comentário que acabou por se tornar um… texto!

Tem estado por aqui um temporal muito razoável, mesmo em termos de círculo polar.
As temperaturas têm estado naquele nível de "fazer doer" quando se sai de casa... 34 graus negativos!
A lufada de calor da amizade lusitana que até aqui chegou fez-me... parar.

Já lá vão mais de quatro décadas que cheguei à Suécia com uma única mala de mão e uma experiência de vida militar que então (muito erradamente!) julguei que para nada me iria servir.

Inesperadamente, recordar algo que o escritor Augusto Abelaira escreveu... “E aqui estou, sozinho, sem tecto, entre ruínas... à espera".

Nesses primeiros tempos muitas vezes nisto pensei.
São já muitas as pedras colocadas (tanto pelos "assuecamentos" como pelas "americanizações") sobre as raízes lusitanas.
Mas, por muitas que sejam as "pedras culturais" colocadas, estas sobrevivem a quase tudo.

O nosso querido Portugal visto de fora não é só a tal... "Terra que o mar não quer".
Para se ter consciência de algumas das nossas qualidades humanas, quase me atrevo a escrever "únicas” - torna-se necessário uma razoável distância geográfica, temporal e cultural.

Quanto mais integrados - profissional e familiarmente - nas sociedades envolventes mais acabamos por compreender que não somos só aquele pântano de atrasados, incapazes e incompetentes em que, estranhamente, muitos (por aí) gostam de se banhar.

"...nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro.
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia."
(Fernando Pessoa)

A propósito de aniversários e de diferenças culturais... na Suécia festeja-se (em grande!) os aniversários das décadas de uma vida, com festa e bons presentes.
Os 30 anos, 40 anos, 50 anos, etc.

Os anos intermediários são festejados somente pelos amigos e familiares muito próximos, com festa "moderada" e, em vez de presentes, pequenas lembranças.
Quanto às minhas raízes culturais lusitanas: Para mim eles são "forretas"!

Outra tradição é a de não se dar às crianças durante os dias da semana nem rebuçados, nem chocolates ou caramelos.
Unicamente ao Sábado.
Justificam como sendo saudável, ao mesmo tempo que cria espírito de disciplina na criança.
Mais uma vez... para as minhas raízes de anarquismos lusitanos feitas… eles são "forretas"!

Um grande abraço do
José Belo