quarta-feira, 31 de outubro de 2018
terça-feira, 30 de outubro de 2018
P1066: COM MUITO PARA ENSINAR...
SENSIBILIZANDO
AS MAIS NOVAS
No passado dia 8 de Outubro a nossa
camariga Maria Arminda Santos participou numa sessão de esclarecimento na Escola
de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, onde fez uma apresentação às alunas do primeiro ano de
Enfermagem, integrada na cadeira da História Da Enfermagem.
Teve assim a oportunidade de falar sobre a
sua experiência vivida como Enfermeira Paraquedista, numa apresentação que as futuras enfermeiras certamente apreciaram.
Nas suas próprias palavras: “Foi para mim muito gratificante falar a um
grupo de jovens, que se mostrou muito interessado e participativo. Agradeço à
Sra Enfermeira P Gato o convite e às alunas os mimos dispensados.”
(Retirado do
Blogue Especialistas da BA12, com a devida vénia)
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
P1063: RESGATAR SORRISOS (ONGD)
CONCERTO DE SOLIDARIEDADE EM LEIRIA
Companheiro(a)
e Amigo(a)
A Associação
Humanitária para a Cooperação e Desenvolvimento Resgatar Sorrisos
(ONGD), com sede em Leiria é uma associação que actua nos sectores da
educação, formação, assistência social e sanitária nos países em vias de desenvolvimento,
sobretudo na Guiné-Bissau.
No âmbito e
desenvolvimento da sua actividade tem em vista a conclusão da construção
de uma Escola em Candamã, cujos trabalhos foram iniciados
em Março passado por 12 associados que aí se deslocaram e que estão a ser
continuados por uma equipa de 4 locais.
Com vista à angariação
de fundos para conclusão das obras, a associação, entre outras actividades, irá
promover a realização de espectáculo no Teatro Miguel Franco, no dia 3 de Novembro, ao qual gostaríamos que assistisse,
ajudando assim aqueles que necessitam. Com 10 sorrisos já pode assistir à
Festa, onde participarão o CANTO ONDO
e bem assim a ACADEMIA DE BALLET E DANÇA
ANNARELLA.
Desejando assistir ao
espectáculo, poderá comprar o bilhete de uma das seguintes maneiras:
1) Dirigir-se à bilheteira do
Teatro José Lúcio da Silva entre as 18.00 horas e as 20.00 horas;
2) Através da compra on-line.
Para tal deverá ir à internet
Programação – dia 3 de Novembro – concerto
de solidariedade – Teatro Miguel Franco;
Comprar bilhete;
Escolher o lugar do Bilhete na sala;
Avançar;
Seleccionar o meio de pagamento e
continuar;
Seleccionar “sem registo” avançar (tem 12
horas para fazer o pagamento);
Após o pagamento, receberá no e-mail os
bilhetes (colocar também nome e telefone).
VEM E AJUDA A CONSTRUIR UMA ESCOLA NA GUINÉ-BISSAU
Resgatar Sorrisos (ONGD)
Luís Branquinho Crespo
Largo da Infantaria 7, n.º 19, 1.º Andar, 2410 - 111
Leiria - Portugal
Tel: (351) 244 843 270 Fax: (351) 244 843 279
Tel: (351) 244 843 270 Fax: (351) 244 843 279
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
P1061: JÁ PASSARAM 110 ANOS
REI
POR CINCO MINUTOS
Cumpriram-se
este ano 110 anos sobre o regicídio, de que resultou o assassinato do rei D. Carlos e seu filho Luís Felipe.
Nas crónicas
da época os acontecimentos desse trágico dia ficaram registados até ao
pormenor.
O Rei, a Rainha e o Príncipe
Real encontravam-se então em Vila Viçosa, no Alentejo, onde
costumavam passar uma temporada de caça no inverno. O infante D. Manuel
havia regressado dias antes, por causa dos seus estudos como aspirante na
Marinha de Guerra.
À intensa rivalidade entre
os partidos, agravada por ódios pessoais, juntou-se a atitude e ações críticas
do Partido Republicano, contribuindo para o descrédito do regime, já de si
bastante desacreditado devido às dividas da Casa Real.
A 28 de Janeiro de 1908 são
presos vários líderes republicanos, naquele que ficou conhecido como “o golpe
do elevador da biblioteca”.
Os acontecimentos
sucintamente descritos levaram D. Carlos a antecipar o regresso a Lisboa,
tomando o comboio, na estação de Vila Viçosa, na manhã do dia 1 de Fevereiro.
Com cuidado para que a sua já preocupada mãe não se aperceba, o Príncipe real
arma-se com o seu revólver de oficial do exército.
Durante o caminho, o comboio
sofre um ligeiro descarrilamento junto ao nó ferroviário de Casa Branca. Isto
provocou um atraso de quase uma hora.
A comitiva régia chegou ao Barreiro ao
final da tarde, onde tomou o vapor “D. Luís”, com destino ao Terreiro do
Paço, em Lisboa, onde desembarcaram, na Estação Fluvial Sul e Sueste, por volta
das 5 horas da tarde. Eram esperados por vários membros do governo, incluindo
João Franco, além dos infantes D. Manuel e D. Afonso, o irmão do rei.
Apesar do clima de grande tensão, o monarca optou por seguir em carruagem
aberta, envergando o uniforme de Generalíssimo, para demonstrar normalidade. A
escolta resumia-se aos batedores protocolares e a um oficial a cavalo,
Francisco Figueira Freire, ao lado da carruagem do rei.
Há pouca gente no Terreiro
do Paço. Quando a carruagem circulava junto ao lado ocidental da praça ouve-se
um tiro e desencadeia-se o tiroteio. Um homem de barbas, passada a carruagem,
dirige-se para o meio da rua, leva à cara a carabina que tinha escondida sob a
sua capa, põe o joelho no chão e faz pontaria. O tiro atravessou o pescoço do
Rei, matando-o imediatamente. Começa a fuzilaria: outros atiradores, em
diversos pontos da praça, atiram sobre a carruagem, que fica crivada de balas.
Os populares desatam a
correr em pânico. O condutor, Bento Caparica, é atingido numa mão. Com uma
precisão e um sangue frio mortais, o primeiro atirador, mais tarde identificado
como Manuel Buiça, professor primário expulso do Exército, volta a
disparar. O seu segundo tiro vara o ombro do rei, cujo corpo descai para a
direita, ficando de costas para o lado esquerdo da carruagem. Aproveitando
isto, surge a correr de debaixo das arcadas um segundo regicida, Alfredo
Costa, empregado do comércio e editor de obras de escândalo, que pondo o pé
sobre o estribo da carruagem, se ergue à altura dos passageiros e dispara sobre
o rei já tombado.
A Rainha, já de pé,
fustiga-o com a única arma de que dispunha: um ramo de flores, gritando
“Infames! Infames!”
O criminoso volta-se para o príncipe D. Luís Filipe, que se
levanta e saca do revólver do bolso do sobretudo, mas é atingido no peito. A
bala, de pequeno calibre, não penetra o esterno (segundo outros relatos,
atravessa-lhe um pulmão, mas não era uma ferida mortal) e o Príncipe, sem
hesitar, aproveitando porventura a distração fornecida pela atuação inesperada
da rainha sua mãe, desfecha quatro tiros rápidos sobre o atacante, que tomba da
carruagem. Mas ao levantar-se D. Luís Filipe fica na linha de tiro e o
assassino da carabina atira a matar: uma bala de grosso calibre atinge-o na
face esquerda, saindo pela nuca. D. Manuel vê o seu irmão já tombado e tenta
estancar-lhe o sangue com um lenço, que logo fica ensopado.
Estava consumado o
regicídio.
Depois veio a tarefa
macabra de levar os corpos para o palácio, o que foi feito já de noite sentando-os
em duas carruagens, como se fossem vivos, a cabeça de D. Luís Filipe tombando
sobre o ombro do seu tio, o infante D.Afonso de Bragança, Duque do
Porto ,agora o novo Príncipe Real.
Não foram efetuadas autópsias, sendo os
corpos embalsamados sob a supervisão do médico da Casa Real, Tomás de
Mello Breyner, tarefa penosa não só pela proximidade às vitimas como também
pelo estrago feito pelas balas.
As consequências imediatas
Os
jornais de todo o mundo publicaram desenhos representativos do atentado,
baseadas nas descrições, com elementos mais ou menos fantasiosos, mas sendo
sempre presente a imagem de Dª Amélia, de pé, indiferente ao perigo, fustigando
os assassinos com um frágil ramo de flores. Em Londres, os jornais exibiam
fotos das campas dos regicidas, cobertas de flores, com a legenda “Lisbon’s
shame!” (risco contínuo).
Na
edição semanal nº. 416 do “Notícias de Alcobaça”, datada de de 1 de março de
1908, é referido com destaque a notícia de um jornal alemão (cujo nome não é
referido) a notícia que transcrevemos:
“REI CINCO MINUTOS”
“O atentado contra a família real portuguesa deu morte
instantânea a el-rei D.Carlos, mas o príncipe real sobreviveu a seu pai ainda
alguns minutos. Há por isso quem pergunte se n’esses curtos instantes o sr. D.
Luis Filippe foi ou não rei de Portugal.
Para dar aos nossos leitores uma resposta segura,
consultamos o notável professor de direito da universidade Leipzig, o
conselheiro Binding, e este senhor nos garante
que não pode haver a mais pequena dúvida de que, durante os minutos em
que sobreviveu a seu pai, D.Luiz Filippe foi rei de Portugal, pois, segundo a
lei constituinte portugueza, logo que fique vago o throno, é rei o seu legítimo
sucessor, sem que seja necessário qualquer conhecimento ou proclamação.
Portanto, desde que o sr. D.Carlos exalou o seu último suspiro, ficou D. Luiz Filippe rei
de Portugal.
O que há trágico na historia deste jovem príncipe, é que
foi indubitavelmente rei, mas rei entre o fogo das balas assassinas e sem nem
um instante ter tido a consciência da sua realeza !...
Na notícia do régio e fúnebre cortejo de Lisboa,
dever-se-ia dizer: o funeral dos dois reis de Portugal.
Na mesma terra, dois reis sucessivos, entraram na
sepultura ao mesmo tempo. É caso único na história da humanidade.”
O tempo não pára e na tarde do dia
seguinte presidindo ao Conselho de Estado, com o braço ao peito e envergando o
seu uniforme de aspirante da marinha, o novo rei D. Manuel II confessou a sua inexperiência e falta de
preparação e pediu orientação ao conselho. Este votou a demissão de João Franco
e a formação de um governo de coligação, a que se chamou o Governo "de
Acalmação", presidido pelo independente contra-almirante Ferreira do
Amaral.
Muitos “cinco minutos” passaram mas a
“Acalmação” só durou até 5 de Outubro de
1910. Nasceu a Primeira República, dividida entre esquerda e direita, conservadores e progressistas,
seculares e religiosos, que se mostrou igualmente ingovernável.
Estão passados 110 anos.
Qualquer semelhança com “tempos ingovernáveis” é pura coincidência !
JERO
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