quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

P23: 1º Encontro da Tabanca do Centro

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Mensagem do camarigo Vasco da Gama sobre o 1º Encontro da Tabanca do Centro



Três Especiais



Mexia Alves, sempre atento


Sentados o Joseph e o Mexia. De pé, o Teixeira, o Vasco e o Lobo

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Giselda e Vasco conversam sobre o Miguel ( Torga).



Do meu Buarcos lindo, para a Tabanca do Centro

Foi bonita a festa pá!

Tenho dormido mal de há uns tempos a esta parte e dormi ainda pior na véspera do dia 27, o tal, o da inauguração da Tabanca do Centro. Estava ansioso, sempre assim fui, quando alguma coisa quebra a rotina dos dias que cada vez se tornam mais iguais aqui para as minhas bandas.
À hora aprazada chegou a minha casa a Ana Maria e o António Pimentel, conhecidos desde crianças, amigos maiores desde que a Guiné nos proporciona mais e melhores encontros. Lá fomos os três direitinhos a casa do nosso comando e Cruz de Guerra, Luís Rainha, por sinal irmão da Ana Maria, que a nós se juntou na companhia da sua mulher.
Partimos os cinco rumo a Monte Real, sem necessidade de guia, direitinhos ao objectivo de acordo com as coordenadas indicadas, ao pormenor, pelo Mexia Alves.
Íamos a meio da rua de Leiria quando ao fundo avistámos um ajuntamento de pessoas, cujas cabecinhas, todas quase desprovidas de cabelo, reflectiam os raios solares com tal intensidade que obrigaram o Luís Rainha a uma travagem de emergência, dado o encadeamento sofrido.
Foi bom, é sempre bom, dirigirmo-nos a um grupo de pessoas e sermos recebidos com um sorriso de cumplicidade, mesmo daqueles que ainda não se conhecendo muito bem, já são amigos.
É este o sortilégio que o nosso Luís Graça fez (re)nascer em quase todos nós, quando, em boa hora, criou um dos Blogues mais importantes de Portugal, que pede meças sob variadíssimos pontos de vista ao mais pintado, lido pelo mais humilde de nós até à intelectualidade que dele, portanto de todos nós, se serve para os doutoramentos e quejandos. Daqui um abraço sincero de respeito e amizade ao nosso Luís Graça, que amanhã, dia 29 me apanha na idade, razão pela qual e em nome da Tabanca do Centro lhe envio um grande abraço de parabéns.
Éramos quarenta e quatro, porque não nos deixaram ser mais.!
Lá estava o camarada Belo, vindo expressamente da Suécia.
Lá estava uma delegação da nossa Tabanca de Matosinhos!
Lá estava o “grupo do Cadaval”! Então Hélder? Então Rosales? Faltas injustificadas.
Lá estava a malta do centro sul.( Abracei o Jero, que não conhecia pessoalmente).
Lá estava a malta do centro norte, liderada pelo camarada José Moreira.
Lá estava a malta da aviação com quem nunca havia conversado de tão perto! Os diálogos que com eles mantive na Guiné eram sempre barulhentos, mas davam uma nova alma ao pessoal, quando as abençoadas ameixas vindas do céu interrompiam outras conversas que os Tigres do Cumbijã iam mantendo com o P.A.I.G.C., sobretudo na região de Cumbijã e de Nhacobá.
Lá, enriqueci a minha biblioteca. Consegui, finalmente, as “Vindimas no Capim” do José Brás, e ainda adquiri “Os Golpes de mão’s” do Jero, a tradução dos “Poemas de Li Bai”, do Graça de Abreu, de quem já li e apreciei o “Diário da Guiné – Lama, Sangue e Água Pura”e ainda da Alexandra Reis, filha do nosso querido camarada do Guileje e meu particular amigo Manuel Reis, “ O Ninho”, cuja leitura vos recomendo, pois as palavras frescas e a limpidez da escrita, fazem-nos percorrer com muito agrado o painel de azulejos colocado na parede….
Lá estavam outros de outros lados a quem pela primeira vez abracei.
O Mexia, não confundir com o João Vilarett, declamou um poema da autoria do José Brás que foi bastante aplaudido. O poema, vindo de boa cepa, poderá ser lido no post anterior e o “dizeur” esteve à altura do autor.
Falou também o Zé Teixeira que levou “algum” para as sementinhas e mais o Zé Moreira que, emocionado, apresentou a sua Organização de Solidariedade para com as crianças da Guiné. Na vastidão do oceano segue carregado um contentor de quarenta pés que a sua organização conseguiu. Mais uma vez.! Depois partirão por terra uma série de jipes e motas que farão a entrega em mão, para que nada se perca.
Com malta desta até eu gostei do cozido à portuguesa.!
A batatinha, a carninha de vaca e o chouriço nunca faltaram no meu prato. Estrategicamente sentado, perto do meu querido padrinho nortenho Silvério Lobo, nunca me faltou comida.
O Lobo, esse, só comia “Cóbinhas”.
Anda tudo trocado com o aquecimento global. Até um Lobo é vegetariano…
Ainda não tenho máquina fotográfica, mas prometo comprar uma de alta qualidade, pois vou candidatar-me ao subsídio de combatente que me dizem ser altamente chorudo, de modo que vou anexar algumas fotos que camaradas nossos me fizeram chegar.

Para todos os combatentes da Guiné e seus familiares um obrigado do fundo do coração do amigo ao dispor,

Vasco Augusto Rodrigues da Gama
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Nota: O camarigo Vasco, sabendo da minha falta de tempo hoje, facilitou-me a vida e enviou-me um texto que já faz a notícia do 1º Encontro da Tabanca do Centro.
Dêem-me tempo para depois colocar mais fotografias.
As fotografias e legendas são da autoria do Vasco da Gama.
Joaquim Mexia Alves

2 comentários:

Anónimo disse...

Ganda Vasco,

Fizeste neste espaço uma resenha completa do acontecimento, obrigado, tornaste imortal o acontecimento e fizeste ainda crescer água em muitas bocas faltantes. Era dia de trabalho e com o trabalho não se brinca. Ainda há quem trabalhe, vê tu bem.

Um abraço geral ou um Alfa Bravo como o meu/nosso camarada e amigo, radiotelegrafista, Carlos Neves está a querer tornar obrigatório, viajou de Leça, sózinho, porque ainda não conhecia outra rapaziada, está integrado.
Belarmino Sardinha

Hélder Valério disse...

Pois, respondendo directamente à perplexidade do grande Vasco (o Vasquito) relativamente à minha ausência de tão significativo evento, devo dizer que lamentei bastante, tanto mais que perdi uma oportunidade de estar no 'acto primeiro' da TabCen como de estar pela primeira vez com amigos que só conheço do Blogue (TabGra) e com os quais gostaria de trocar impressões 'ao vivo' e, também, de rever amigos certos e que muito estimo.
Vamos ver o que o futuro reserva.
Um abraço
Hélder S.