LANÇAMENTO DO LIVRO “ALCOBAÇA É COMIGO”, DE JOSÉ EDUARDO REIS DE OLIVEIRA
No passado domingo 9 de Outubro foi apresentado no Parlatório do Parque dos Monges o livro “Alcobaça é comigo” do nosso camarada José Eduardo Reis de Oliveira, mais conhecido por JERO.
O Parque dos Monges - onde decorreu o lançamento – fica nos arredores de Alcobaça, num lugar chamado Chiqueda. É lindíssimo e digno de uma visita. Ou não tivesse sido este o local escolhido pelo JERO para receber os seus amigos...
Foi uma tarde de amizade pura, testemunhada por familiares e amigos, e também por camaradas da C.Caç. 675 (Guiné 1964-66) – Ten.General Tomé Pinto, ex-Tenente Mil. Belmiro Tavares (tertuliano do blogue Luis Graça e Camaradas da Guiné).e pela irmã e sobrinho do ex-Furriel Mil.Álvaro Mesquita, morto em combate em 28 de Dezembro de 1964, que se deslocaram expressamente de Vila Nova de Famalicão.
Os camaradas da Guiné estiveram ainda representados pela Giselda e Miguel Pessoa, Belarmino Sardinha e sua mulher Antonieta e ainda António Paiva (HM 241-Bissau). Outros não puderam estar presentes, por afazeres pessoais ou problemas de saúde.
O autor é bem conhecido entre os combatentes da Guiné que seguem os blogues da Tabanca Grande e Tabanca do Centro e tem oferecido naqueles espaços textos de grande qualidade. A sua experiência como director-adjunto e redactor do periódico “Alcoa” (quinzenário de Alcobaça) e o seu conhecimento das “gentes da terra” terão certamente contribuído para o interesse que estes contos irão agora despertar no leitor.
Ainda nos preliminares da apresentação, o JERO conversa com o Belarmino e o Padre Carlos Jorge
O painel de apresentação era constituído por três conhecidas personalidades da terra - Padre Carlos Jorge (da paróquia de Alcobaça), Drª. Madalena Tavares (técnica superior da C.M.Alcobaça) e Dr. Carlos Gomes (da Associação de Amigos do Mosteiro de Alcobaça) - .o que se entende, dado que o livro agora lançado (a terceira obra por ele produzida) se debruça sobre histórias passadas na região e transmitidas de boca em boca ao longo dos anos – como refere o autor “um século e tal de histórias e historietas de gentes da minha terra” – o que explica o interesse que pode despoletar entre os alcobacenses.
Isso mesmo reflecte-se nas palavras introdutórias da Drª Madalena Tavares, que se congratulou com esta tarde de convívio entre amigos que assinala o aparecimento de um livro que é um tributo à história local e à tradição oral, ao transcrever e fixar no papel as pequenas histórias que ao longo dos tempos têm passado de boca em boca.
O autor com o Padre Carlos Jorge, que prefaciou o livro
Por sua vez o Padre Carlos Jorge – que assinou o prefácio da obra – referiu a importância de revisitar o passado “transportando-o até ao presente para que abrace o hoje”, através de alguém que ama a terra que o viu nascer e que soube construir estes contos com base na vivência do dia-a-dia com aqueles que contam e vivem os episódios à volta da gente da terra, preservando assim memórias que se perderiam no tempo se não fossem registadas em livro.
Aspecto da assistência. Dos camaradas da Guiné, a Giselda Pessoa ladeada pelo Belarmino Sardinha e a esposa Antonieta.
Aspecto geral da assistência. Uma sala bem preenchida, atestando o apreço dos presentes por um dos seus.
Aspecto geral da assistência. Uma sala bem preenchida, atestando o apreço dos presentes por um dos seus.
O título que o autor escolheu revela a sua paixão por Alcobaça e o seu empenhamento na preservação do património cultural, da memória e identidade da cidade. Pelos presentes foi também realçado o seu sentido de humor, o seu apreço pela vida, pela família e pelos amigos, o que se reflecte nas histórias que conta.
Entre a assistência destaque-se a presença do Ten.General Tomé Pinto, antigo Comandante de Companhia do JERO no teatro de operações da Guiné, que teceu louvores à generosidade e permanente disponibilidade do então Fur.Mil.Enf. Oliveira no desempenho das suas funções.
Dois camaradas da Guiné (António Paiva e Belarmino Sardinha) na fila para o autógrafo do JERO
A obra poderá não ficar por aqui. É ideia geral que o autor tem um manancial de novos contos para passar ao papel, o que justificaria a edição de novos volumes. Realce-se ainda que, segundo a Drª Madalena Tavares, esta obra vai ser proposta como candidata ao Prémio da BAD-Centro. Trata-se de um Concurso que vai ser lançado em Janeiro de 2012 pela Associação dos Bibliotecários e Arquivistas do Centro como forma de reconhecimento dos trabalhos/projectos desenvolvidos no âmbito da História Local dos Municípios do Centro.
O JERO em plena sessão de autógrafos...
As memórias não são fotografias de acontecimentos, são interpretações muito pessoais de quem as vive e que têm por isso muito de cada um que as conta. O tom sério e o humor alternam-se ou misturam-se nas histórias aqui contadas, as quais são uma homenagem singela a figuras de Alcobaça, muitas delas já desaparecidas.
Esperamos que essas narrativas possam agora proporcionar aos seus leitores bons momentos de prazer. Esse foi certamente o propósito do nosso camarada JERO ao publicar esta sua nova obra.
Miguel Pessoa
5 comentários:
Meu Caríssimo Amigo Jero. Haverá locais(e momentos)onde tenho pena de... näo ter estado.A apresentacäo do teu interessante livro é,sem dúvida,um deles. Um grande abraco.
Grande Jero
Inteiramente de acordo com o nosso camarigo Zé Belo.
Na cama passei todo o fim de semana com arreliadora e forte constipação, da qual começo agora a sair ainda que lentamente.
Venho a este nosso espaço dar-te um grande abraço de parabéns e desejar-te os maiores sucessos literários, já que apenas a presença da tua pessoa, aconteça onde aconteça, é para todos um privilégio.
Com toda a Amizade e Respeito pelo JERO, "homem garandi" da nossa Tabanca do Centro, saúde e grandes cozidos,,,
Abraço amigo do,
Vasco A. R. da Gama
também
Alcobaça TAMBÉM é comigo!, OU MELHOR, com os meus bisavós paternos!
Meu querido amigo:
Como se "arranja o dito cujo?"
José Marcelino Martins
Fui induzido em erro, ao pensar que "ALCOBAÇA É COMIGO", seria um livro muito especial.
Já o comecei a ler. Daqui poder dizer que não é o "livro que esperava".
É MUITO MELHOR E MUITO MAIS QUE UM LIVRO. É UM REPOSITÓRIO DE MEMÓRIAS, NÃO DE UMA TERRA, MAS DE UM POVO.
Abraço fraterno
José Martins
Ó senhor escritor, não havia uma esferográfica vermelha?
A escrever a amarelo!!!!
Já não há amor à caneta!
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