domingo, 11 de agosto de 2013

P359: NA MORTE DE MAIS UM COMBATENTE

VAMOS PARTINDO

Na morte de mais um combatente, o Luís Borrega.

(Ex-Fur Mil Cav MA da CCAV 2749/BCAV 2922 - Piche, 1970/72)

Paz à sua alma.

Paz aos nossos corações.

Vamos partindo

e Portugal fica mais pobre!

Vamos partindo

e a amizade e lealdade

ficam mais desconhecidas!

Vamos partindo

e o altruísmo e a sinceridade

vão desaparecendo!

Vamos partindo

e a África fica mais pobre,

porque vão desaparecendo aqueles que a conhecem!

Vamos partindo

e connosco parte a liberdade

de ser e parecer o que se é!

Vamos partindo

e a gesta portuguesa

vai findando a sua história!

Vamos partindo

e apenas nós choramos

porque os outros nem nos querem conhecer!

Vamos partindo

mas um dia voltaremos

quando Portugal for Nação

porque então recordaremos

aqueles que foram mais longe que a morte

grandes na sua pequenez

abandonados à sua sorte

mas teimando em cada momento

ter alma e coração

gritando aos sete ventos:

eu não morro,

porque eu sou Português!

Marinha Grande, 10 de Agosto de 2013

Joaquim Mexia Alves

8 comentários:

Anónimo disse...: À família do camarigo Luís Borrega um forte e amigo abraço

Tabanca do Centro; 11 de agosto de 2013 às 22:28
Carlos Pinheiro disse...: Os meus sentidos pêsames à familia enlutada.
Ao Joaquim Mexia Alves um abraço de amizade pelo seu lindo poema.; 11 de agosto de 2013 às 22:33
Hélder Valério disse...: Meu amigo Joaquim

Este teu poema é de uma grande inspiração!

A propósito deste 'passamento' dum camarigo que não conhecias pessoalmente mas, posso dizer-te, foi um dos que adoptou francamente a tua expressão "camarigo" e usou-a insistentemente em todos os grupos do "Face" que 'frequentava', e não eram poucos, quase todos relacionados com a Guiné, os ex-combatentes, etc., acabaste por descrever completamente os nossos sentimentos colectivos, as nossas lamentações e revoltas e também as nossas esperanças e 'certezas'.

O Luís costuma referir que na Guiné tinha escapado por três vezes ao encontro com a "senhora da foice". Mas desta vez, aqui, não foi capaz de 'fintar' a emboscada 'anunciada'.
Aproveito para alertar os amigos que não se deixem acomodar a uma situação de sedentarismo pós-reforma. A falta de exercício, a falta de cuidados alimentares e o 'estilo de vida' podem pregar-nos emboscadas destas.
E a 'fuga', totalmente injustificada, às intervenções que podiam fazer abortar a tal emboscada, também não será compatível com a atitude que se quer sempre que um 'combatente' tenha.

Ganhei amizade ao Luís em Santarém onde fizemos a recruta na EPC. Reencontrei-o em Piche, durante cerca de 6 meses. Voltei a reatar contactos agora, mercê do Blogue "Luís Graça e Camaradas da Guiné", sendo este 'agora' já desde há cerca de 5 anos e desenvolvemos relações de grande amizade.

Fiquei muito triste.

Abraço e obrigado Joaquim pelo poema.

Hélder Sousa; 11 de agosto de 2013 às 22:58
manuelmaia disse...: GOSTEI DESTAS PALAVRAS SENTIDAS QUE ARRUMASTE EM FORMA DE POEMA NO SUPREMO ADEUS AO LUÍS BORREGA.

VAMOS PARTINDO,COMO DIZES, ENQUANTO SE ESCOA O TEMPO DA RECONCILIAÇÃO NACIONAL...

FOMOS "PAU PARA TODA A COLHER",SOFREMOS AS VICISSITUDES QUE UMA "GUERRA SEM INTERNET" APORTOU...
FOMOS PAGOS AO PREÇO DA "UVA MIJONA" ENQUANTO ARRISCAMOS A VIDA A CADA MOMENTO...
PASSAMOS FOME,FRIO,SEDE,MEDO,
HORRORES INCONTÁVEIS, SEM QUE O RESPONSÁVEIS DOS VÁRIOS GOVERNOS QUE O PAÍS CONHECEU NO PÓS GOLPADA SE TENHAM DIGNADO A DIZER-NOS UM LACÓNICO OBRIGADO QUE FOSSE...

VAMOS PARTINDO LENTAMENTE ( PARA QUEM GOSTAVA DE NOS VER PELAS COSTAS RAPIDAMENTE...)

SOMOS EMPECILHOS,PESTES GRISALHAS QUE ALGUÉM DESTA CORJA IMUNDA JÁ NOS APODOU...

OBRIGADO JOAQUIM.; 11 de agosto de 2013 às 23:17
Manuel Reis disse...: Os meus sentidos pêsames a toda a família.

A ti Luís, descansa em Paz.

Manuel Reis; 12 de agosto de 2013 às 15:33
Anónimo disse...: Muito bonita a homenagem do Joaquim Mexia Alves. Muitas sentidas as palavras do comentário do Hélder.Ao Luís, que encontrei graças ao blog do Luís Graça e ao facebook a minha saudade.Que descanse em paz.
JERO; 16 de agosto de 2013 às 16:09
Luci Brito disse...: Venho por meio dessa mensagem mostrar meu profundo sentimento pelo ocorrido a familia enlutada. Infelizmente nem tudo acontece como imaginamos, mas Deus sabe o que faz.
Descança em paz.
Abraços Lu.; 23 de agosto de 2013 às 00:22
Anónimo disse...: Mais um camarigo que partiu!.. e o "Grupo", aos poucos vai cada vez mais, ficando pobre. Não o conhecia pessoalmente, mas era um dos que passou pela terra, que não esquecemos. Bonita e sentida homenagem nas palavras do Joaquim Mexia Alves.
À sua família envio os meus sentidos Pêsames e que o nosso amigo, descanse em Paz.; 28 de agosto de 2013 às 17:12

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O PRÓXIMO CONVÍVIO

Estão abertas as inscrições para o 95º encontro da Tabanca do Centro, programado para 26 de Abril próximo, última 6ª feira do mês,

O local do nosso convívio é o que temos utilizado regularmente nos últimos encontros, o “Atrium Buffet”, na Quinta do Paul, Ortigosa. Mantém-se o preço por participante nos 17,50 €. Para além do pagamento da refeição há sempre alguns camaradas que dão mais qualquer coisa para a ajuda dos combatentes mais necessitados, por isso, vamos continuar a ser nós, organizadores do almoço, a receber o pagamento de cada um (mediante uma lista previamente impressa – como é habitual) e liquidando de imediato ao restaurante o valor total, ou seja, número de presenças vezes 17,50€, neste caso.

Quem o pretender pode pagar por multibanco. Se assim for entregam o ticket a quem recebe os pagamentos para o acerto final das contas.

O almoço é antecedido de uma concentração do pessoal junto ao restaurante pelas 12H00, estando a ida para o almoço programada para as 12H30.

No Post 1468 estão publicados mapas de acesso ao local, pela A17, vindo de Norte e de Sul, e a partir de Leiria.

Dados do local:

Quinta do Paul – Rua do Paul, Ortigosa

Telefones: 244 613 438 / 917 210 432 / 917 504 381

TABANCA DO CENTRO

Este espaço servirá para dar notícias das actividades da Tabanca do Centro, que se reunirá periodicamente (uma vez por mês, com algumas excepções) num almoço-convívio na zona de Leiria/Monte Real.

A Tabanca do Centro é constituída por combatentes da Guiné e seus familiares, mas está aberta à presença de outros convivas, combatentes do Ultramar e seus familiares também.

Aqui se farão convocatórias e se dará conta do que for acontecendo nos convívios e em outras actividades da Tabanca do Centro, bem como se publicarão textos dos camarigos.

Embora os postes que aqui forem colocados possam não originar grandes comentários, avisa-se que não serão admitidos comentários anónimos, mesmo que sejam muito bem educados! Pedimos-vos, pois, que se identifiquem sempre que inserirem as vossas observações.

Igualmente estão vedados, (e serão eliminados), comentários envolvendo política, (e outros “futebóis”), ou que utilizem termos ofensivos seja contra quem for.

AS NOSSAS ORIGENS

Em Dezembro de 2009, no decorrer de uma viagem feita com os camarigos Juvenal Amado, Vasco da Gama e Manuel Reis - a caminho do Porto, para a apresentação do livro do Manuel Maia - o Joaquim Mexia Alves lançou a ideia de uma pequena Tertúlia do Centro, a exemplo da Tabanca Pequena de Matosinhos, reunindo periodicamente pessoal combatente da Guiné à volta do afamado “Cozido à Portuguesa”, iguaria servida todas as 4ªs feiras na Pensão Montanha em Monte Real.

Consideraram estes camaradas que a organização de um encontro anual sabia a pouco para pessoal já entradote, com algum tempo disponível e vontade de expurgar os fantasmas que de vez em quando ainda os vão incomodando… Viu-se ainda a possibilidade de, apelando à generosidade dos participantes, se ir angariando – embora de forma modesta - alguns fundos para ajudar camaradas de armas em situações mais críticas

Foi assim proposto que se efectuasse um convívio na referida Pensão na última 4ª feira de cada mês, com algumas excepções ao longo do ano, que serão os meses de Julho e Agosto, Dezembro e o mês em que se realizar o Encontro anual da Tabanca Grande. Estariam assim previstos, por norma, oito encontros ao longo do ano.

O grupo aplaudiu a ideia, tendo posteriormente vários outros camarigos, da Região Centro e de outros locais mais distantes, afirmado a sua vontade em participar neste projecto.

Esta iniciativa foi rapidamente divulgada, tendo sido abertas as portas a todos os camarigos que se quisessem juntar à volta do “Cozido à Portuguesa”, fossem da Região Centro ou de qualquer outra região de Portugal. E embora inicialmente dirigida aos combatentes da Guiné, não se enjeitou a participação de camaradas que tivessem combatido noutras zonas do ultramar. Das palavras aos actos foi um passo, tendo-se realizado o primeiro convívio logo no mês seguinte, em Janeiro de 2010.

56 encontros foram então realizados no período entre Janeiro de 2010 e Outubro de 2016, data em o proprietário do edifício resolveu encerrar o prédio, com a consequente desactivação da Pensão Montanha, o que obrigou a arrendatária, D. Preciosa, nossa anfitriã, a procurar novo local em Monte Real para satisfazer os pedidos dos seus clientes fiéis.

As limitações de espaço na nova sala - para um máximo de 50 convivas - e a falta de condições na cozinha adequadas para servir o cozido à portuguesa, prato de alguma complexidade, levaram a D. Preciosa a procurar uma solução alternativa para proporcionar uma lotação mais alargada para os nossos convívios e poder garantir ainda o fornecimento do prato que nos era habitualmente servido – o cozido.

Após diligências da D. Preciosa junto da Paróquia de Monte Real, foi por esta amavelmente disponibilizado o salão anexo à Igreja, com lotação para 90 comensais. E as condições do local permitira ainda à D. Preciosa continuar a fornecer-nos o tradicional cozido à portuguesa.

Assim, a partir de Novembro de 2016 os nossos convívios passaram a efectuar-se naquelas instalações, na última 4ª feira de cada mês, com as excepções que já referimos acima.

Em Março de 2020 o agravamento da situação sanitária no País provocado pela disseminação do Corona Virus levaram-nos a cancelar os convívios a partir dessa data, sendo aqueles retomados apenas em Novembro de 2022, num novo local – o restaurante “Tertúlia do Manel”, nas Cortes.

No sentido de fornecer aos tertulianos o melhor serviço possível, embora onerando um pouco o preço da refeição, foi decidido mudar novamente o local de convívio, passando este para a Quinta do Paul, com uma primeira experiência em 25 de Janeiro de 2023. Passou-se o encontro para a última 6ª feira do mês para a realização dos convívios, nos mesmos moldes do anterior – 8 encontros anuais, não se realizando convívios nos meses de Julho, Agosto e Dezembro e no mês em que se realizar o Encontro anual da Tabanca Grande.

O almoço (pelas 12H30) – com serviço de buffet - é antecedido de uma concentração prévia dos participantes – a partir das 12H00 – junto ao restaurante. No entanto alguns continuarão a chegar mais cedo, no afã de matar saudades, rever os amigos e pôr a conversa em dia...