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A vossa colaboração na Tabanca do Centro, nomeadamente na definição clara dos seus objectivos, é mais do que desejável: é fundamental. Peço-vos que comecem a enviar propostas concretas para a definição de um estatuto, que na opinião de alguns, onde eu me incluo, deve ir no sentido de auxiliar os nossos camaradas combatentes na Guiné que vão passando mal.
O preencher destes objectivos não pode, nem nenhum de nós por certo quererá, ir de encontro ou concorrer com as numerosas iniciativas de ajuda ao povo da Guiné, até porque a maior parte de nós pertence, solidariamente, a uma ou outra dessas organizações que lá vão enviando os seus contentores para minorar o sofrimento sobretudo das crianças da Guiné Bissau.
Se bem repararem quando no Blogue do Luís Graça aparece algum escrito sobre a situação dos combatentes, todos nós levantamos a voz contra a forma como, depois de usados, fomos abandonados. Choro para a direita, grito para a esquerda, apelo à manifestação, tudo em vão pois esses gritos tumultuosos, esses brados de queixa de protesto e de reclamação tudo isso é esquecido no dia seguinte e como diríamos há quarenta anos: tudo como d'antes quartel em Abrantes.
Caros camaradas, julgo que isso acontece porque pertencemos a um grupo de malta que conseguiu ultrapassar melhor ou pior, com mais ou menos traumas, estados de espírito que nos permitem fazer uma vida quase que normal, que os nossos encontros tão bem retratam, ao contrário de companheiros nossos abandonados pela família porque menos resistentes aos desafios que a vida lhes colocou, instigados e tentados por miríficas promessas se vão arrastando num percurso andrajoso até que a morte os leve, ou até que a ela se entreguem para que os seus sofrimentos terminem.
Se arranjar um contentor para a Guiné é um desafio muito difícil, organizarmo-nos nesta solidariedade que eu agora preconizo é um desafio ainda maior que eu diria impossível se não conhecesse a nossa fibra, o nosso querer, a nossa solidariedade.
Conto convosco.
Um abraço do Vasco
Um abraço do Vasco
Buarcos aos 5 de Fevereiro 2010
Vasco da Gama
Vasco da Gama
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4 comentários:
Amigo Vasco:
Nem de propósito! Acabo de receber um telefonema da Liga dos Combatentes, vá lá eu saber com obtiveram o meu número do telemóvel, mas isso pouco interessa.
A Srª que me contactou pretendia que a minha filha lhe desse um livro para a Biblioteca da Liga, porque sendo filha de Ex-combatente também tinha o direito colocar lá o seu livro. Adiante.
A conversa passou a ser mais interessante, quando ela (boa conversadora)começou a despejar casos e casos, relativos a ex-combatentes, com que todos os dias se confronta.
Analisa o problema com alguma revolta e disponibiliza-se para ajudar. Deixei no ar a hipótese de a convidarmos para o próximo almoço, mostrando-se sensível ao convite.
E agora camarigos, que achais disto?
Um abraço amigo
Manuel Reis
Ao ataque Manuel, são ajudas dessas, desinteressadas, que nós precisamos.
Enviei para o correio privado de alguns atabancados do Centro uma série de sugestões/perguntas que espero analisem.
Um abraço do
Vasco A. R. da Gama
A Liga dos Combatentes seria uma organização previligiada para o efeito penso eu.
Um lar para veteranos sobre a sua administração?
Precionar as autoridades para que se disponibilizem para o efeito.
Seria mais fácil canalizar as ajudas e bens para os nossos camaradas que vivem nas ruas.
Juvenal Amado
É um assunto complicado.
Juvenal
PRESSIONAR digo
Juvenal Amado
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