Recebemos do nosso camarigo José Belo este texto sobre um poema e música que ainda hoje, passados mais de 200 anos sobre a sua criação, continua a ser utilizado em cerimónias oficiais.
Refere-nos ele:
Muitas das tradições
“de base” da cultura germânica são desconhecidas em Portugal.
Nas nossas idades os
Camaradas começaram a desaparecer em ritmo cada vez mais acelerado, daí
este texto.. .”Eu tive um Camarada“.
EU TIVE UM CAMARADA…
Texto composto em 1809 pelo poeta alemão Ludwig Uhland e desde aí usado, até aos nossos dias, nas cerimónias fúnebres das Forças Armadas Alemãs e Austríacas.
Funerais de figuras representativas militares ou de simples soldados mortos
em combate.
Também usado nos funerais de políticos com altos cargos de algum modo
ligados às Forças Armadas,como Presidente da República, Chefes do Governo ou
ministros das Forças Armadas.
Como curiosidade, para além do Hino Nacional, a guarda de honra “apresenta
armas” quando esta música é tocada.
*Ich hatte einen kameraden*
Tive um camarada
Melhor não se poderia encontrar.
O tambor tocou para a batalha
Ele caminhou a meu lado
Com o mesmo passo
Uma bala chegou voando
Era a minha ou a tua vez?
Ele foi abatido e caiu aos meus pés
Como se fora parte de mim
Ergue para mim a mão
Não a posso segurar
Tenho que recarregar a arma
Que tenhas paz eterna meu bom camarada
Meu bom camarada!
(No YouTube existem vários vídeos com o
poema e música.
Ver…… ICH HATTE EINEN KAMERADEN
E na Wikipedia podem pesquisar em
https://en.wikipedia.org/wiki/Ich_hatt%27_einen_Kameraden)
Um abraço do
José Belo
3 comentários:
O que o coração me diz é: Ouve e cala-te, ou melhor, cala dentro de ti!
Abraço meu amigo José Belo
As bandeiras são sempre diferentes, as causas e razões também mas são sempre por cima do nosso sofrimento. Lembrar os mortos e não cometer os mesmos erros era bom.
Embora tardio, aqui deixo o meu pequeno comentário a este artigo:
Considero que se trata se colocar em poema aquilo que também nós conhecemos, que a amizade gerada em condições adversas, neste caso na tropa e, em particular, na guerra, tem laços muito fortes.
E, tal como o Juvenal refere, esses sentimentos são transversais aos diversos povos, países, bandeiras.
Hélder Sousa
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