segunda-feira, 28 de junho de 2021

P1299: TIRADO DA NET, DE AUTOR DESCONHECIDO

                                                   O CARVÃO

Gostámos desta reflexão que, com muito carinho, compartilhamos convosco.

Um homem que frequentava regularmente reuniões com os seus amigos, sem nenhum aviso, deixou de participar das suas actividades.

Depois de algumas semanas, numa noite muito fria, um integrante do grupo decidiu visitá-lo. Encontrou o homem em casa, sozinho, sentado em frente a uma lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.

Adivinhando a razão da visita, o homem deu-lhe as boas vindas e convidou-o a sentar-se junto à lareira. De seguida, fez-se um grande silêncio.

Os dois homens só contemplavam a dança das chamas em torno dos troncos de lenha que crepitavam na lareira. Após alguns minutos, o visitante, sem dizer nenhuma palavra, examinou as brasas que se formavam e seleccionou uma delas, a mais incandescente de todas, retirando-a de um lado do braseiro com um alicate. Voltou então a sentar-se.

O anfitrião prestava atenção; em pouco tempo, a chama da brasa solitária diminuiu, até que só houvesse um brilho momentâneo e o fogo apagou-se.. De repente, em pouco tempo, o que era uma amostra de luz e de calor, não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão.

Poucas palavras tinham sido ditas desde a saudação.

O visitante, antes de se preparar para sair, pegou o alicate e retornou o carvão frio e inútil, e colocou-o de novo no meio do fogo. De imediato, a brasa voltou a acender-se, alimentada pela luz e calor dos carvões ardentes ao seu redor...

...e  o anfitrião disse-lhe: ′′ Obrigado pela sua visita e pela sua bela lição. Vou voltar para o grupo".

Por que é que os grupos se extinguem?

É muito simples: porque cada membro que se afasta, perde fogo e o calor dos outros. Aos membros de um grupo vale a pena lembrar que eles fazem parte da chama.

É bom relembrar que todos somos responsáveis por manter acesa a chama de cada um, e devemos promover a união entre todos, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.

Não importa se às vezes nos sentimos incomodados com tantas mensagens que chegam no chat, o que importa é estarmos conectados, em silêncio alguns, outros muito ativos, com diferenças de opinião e caracteres.

Os amigos que aqui estamos reunidos é para conhecer, aprender, trocar ideias, ou simplesmente saber que não estamos sozinhos, que há um grupo de Amigos e Familiares com quem podemos contar.

Vamos manter a chama viva. Mesmo que alguns se comuniquem esporadicamente, é bom saber que mantêm a sua chama acesa!

Isto vale também para aqueles com os quais nos relacionamos no dia a dia, através de contacto pessoal, sem que faça parte de um grupo, mas que estejamos sempre a nos comunicarmos, e mantendo a chama acesa.

Sendo assim, OBRIGADO a cada um de vós por fazerem parte da nossa fogueira!!!

5 comentários:

Gouveia disse...

Olá Miguel
Tudo bem contigo e com a Gisela? Eu cá vou tentando que o "bicho" não me apanhe.
Esta pandemia não pode ser desculpa para tudo e a tua chamada de atenção veio lembrar que na realidade, de certa forma, ela contribui e de que maneira para a quebra de afetos. A impossibilidade dos nossos encontros também não alimenta a fogueira.
Para mim foi um abre olhos.
Grande abraço.
Rui Gouveia

Hélder Valério disse...

Caro Editor

É bom apresentar estas coisas. São bem verdade.
Já vi isto aplicado a várias situações e eu próprio também já utilizei em duas situações onde as coisas (as relações) estavam a esfriar.
Sim, vamos lá manter a "chama viva"!

Abraço
Hélder Sousa

Carlos Vinhal disse...

Aqui está uma bela lição.
Tirando os clubes desportivos e as várias tertúlias dedicadas à cultura, as reuniões dos antigos combatentes da guerra de África eram um exemplo de sã convivência que a pandemia veio interromper, para alguns, infelizmente, definitivamente.
Não sei quando haverá segurança para, sem temor, nos voltarmos a abraçar. O nosso prazo de validade está a esgotar-se.
Até breve camaradas e amigos.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Carlos Pinheiro disse...

Este assunto há muito que me anda a assaltar a memória, e isso não é bom. Nos últimos anos, por motivos vários foram sendo reduzidos os grupos de almoçaristas de que faza parte, restavam-me só três: As almoçaradas dos antigos Órgãos Sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos que mensalmente reunia com os pés debaixo de uma mesa, depois de termos saido da Instituição há mais de vinte anos. É certo que durante estes anos já nos tinham deixados vários elementos, mas ainda éramos 10 quando a pandemia apareceu. Entretanto, nos ultimos meses mais um camarada nos deixou e que por acaso também tinha sido combatente em Angola e até uma vez foi ao nosso encontro mensal da Tabanca do Centro como eu convidado. Dos outros dois convivios, o anual da Tabanca Grande, sempre realizado de forma exemplar e de convivio fratermo e o mensal da Tabanca do Centro com o prato forte do cozido da D. Preciosa. Sinto saudades mas não tenho dado nenhum palpite porque a pandemia tomou conta de nós e não sabemos onde é que isto irá parar. Mas creiam caros camarigos que sinto estas faltas como de pão para a boca. Eu já conhecia este texto que o Miguel hoje partilhou e o mesmo deu-me uma certa volta à cabeça e o pior é que não sabemos o dia de amanhã. Não adianto mais nada mas creiam que sinto a falta desses convivios, mas quando nos voltarmos a juntar vamos notar e sentir a falta de alguns camarigos que entretanto nos deixaram e nem sequer lhes pudemos ir dizer o últmo adeus. Temos que ter coragem, manter a seerenidade possivel e acreditar que podem voltar tempos melhores se o bicho homem ganhar juizo. Um abraço colectivo e virtual para todos os camarigos. E entretanto, cuidemo-nos.

Anónimo disse...

Amigo Miguel.
Embora agora raramente, envie um comentário, garanto que tenho lido todas as histórias que o Miguel nos faz chegar ao conhecimento. Tem sido um trabalho com grande empenhamento, para manter unido o espírito de amizade e a "chama acesa" da Tabanca, tal como tão bem é explicada, neste belo texto.
Realmente esta pandemia, tem-nos tirado a possibilidade dos encontros e muito mais, os dos (familiares).Para mim causou-me uma solidão que até então nunca sentira, sendo com muito esforço, que tento manter "acesas as brasas".
Tenhamos esperança e que a maioria de nós, possa passar sem sermos apanhados pelo (maldito Covi-19), para que ainda seja possível, reatar esse tão desejado convívio.
Fica um abraço de amizade para todos.
Mª Arminda