Assunto que os nossos
camaradas terão interesse em acompanhar.
Retirado da Revista
dos Combatentes, com a devida vénia.
HÁ RECONHECIMENTO NA
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.
IMPORTA AVANÇAR NA SOLIDARIEDADE
IMPORTA AVANÇAR NA SOLIDARIEDADE
Houve reconhecimento na Assembleia da República por parte de todos os
partidos (Sessão de 14FEV2020) dos sacrifícios e altos serviços prestados a
Portugal pelos Combatentes, com consequências dramáticas para muitos, durante a
guerra do ultramar (1961-1975). Falta materializar as intenções reveladas por
todos os partidos, com medidas concretas de apoio económico, social e à saúde.
A Liga dos Combatentes fez propostas concretas.
Os partidos
apresentaram propostas de estatuto com medidas concretas. À Comissão de Defesa
Nacional compete harmonizá-las e ir o mais longe possível nas medidas de
solidariedade a incluir no Estatuto.
Temos razões para
acreditar na revisão efetiva da Lei 3/2009 que substituiu a razoável Lei
9/2002. Passemos do reconhecimento à solidariedade efetiva. A proposta do
governo necessita de aprofundamento.
… / …
A. A proposta de Estatuto dos Combatentes
aprovada pelo governo sob proposta do MDN e enviada à Assembleia da República
acolhe algumas sugestões da Liga dos Combatentes, designadamente o Dia do
Combatente (09 de abril), a atualização do complemento de especial de pensão
(de 3,5% para 7% da pensão social), o acesso gratuito a Museus e Monumentos
nacionais e a gratuitidade do passe intermodal de transportes coletivos de
passageiros.
O documento do
governo, porém, não considera outras propostas da Liga dos Combatentes tidas
como fundamentais, nomeadamente no aprofundamento do Apoio à Saúde e Apoio
Social aos Combatentes.
B. A Liga dos Combatentes enviou já
ao MDN e partidos da AR, onde irá ser discutido no próximo ano, o Estatuto, as
suas propostas não consideradas e que são em síntese:
No que diz respeito a
outros benefícios do Cartão do Combatente, para além das duas já consideradas,
importa garantir benefícios no apoio à saúde:
1. O Cartão do Cidadão deve conferir
ao titular a qualificação de “Titular de Reconhecimento da Nação”;
2. Isenção de pagamento de taxa
moderadora nas instalações do SNS;
3. Apoio médico e medicamentoso em
doenças raras e crónicas;
4. Apoio médico e medicamentoso
sujeito a condição de recursos, após os 75 anos de idade;
5. Proteção jurídica nas modalidades
de consulta jurídica e apoio judiciário gratuito em assuntos relacionados com a
sua prestação de serviço às Forças Armadas;
6. Acesso, após os 75 anos de idade,
aos hospitais das Forças Armadas, nas mesmas condições dos militares das FA’s;
7. Inscrição facultativa no Instituto
de Ação Social das FA’s (IASFA)/Assistência na Doença aos Militares (ADM), após
os 75 anos de idade, mediante o pagamento da respetiva quota.
Nota: A idade dos 75
anos é discutível e admite-se poder ser considerada a partir dos 65 anos.
C. No que se refere ao apoio social,
para além do reforçado complemento de pensão, já considerado pelo governo, é
fundamental garantir a revisão do suplemento especial de pensão e do acréscimo
vitalício de pensão, tendo a Liga dos Combatentes proposto que:
1. O montante anual de suplemento
especial de pensão atribuído de acordo com os seguintes critérios:
a. 50% do salário mínimo nacional
na função pública aos Combatentes que detenham uma bonificação de tempo de
serviço de 11 meses;
b. 75% para tempo de serviço entre
12 e 23 meses;
c. 100% para tempo de serviço
igual ou superior a 24 meses.
2. As atualizações referidas sejam anuais,
progressivas e a atingir em três anos, constituindo uma Programação de
Solidariedade Vitalícia.
3. O complemento especial de pensão e
o suplemento especial de pensão seriam extensíveis às viúvas de Combatentes;
4. Igualmente foi proposto pela Liga
dos Combatentes, que os beneficiários da SS e CGA, cujas pensões forem
inferiores ao salário mínimo terem as suas pensões recalculadas, por forma a
atingir o valor daquele salário, por fases:
a. No primeiro ano 75% do valor do
salário mínimo nacional;
b. Nos anos seguintes e por cada
ano de vigência da lei, incremento de 5 pontos percentuais na percentagem de
cálculo do ano precedente, até atingir o valor do salário mínimo nacional
D. A Liga dos Combatentes considera
igualmente:
1. Ser exagerada e discutível a
criação dos Órgãos de Nível do MDN, incluídos no Estatuto do Combatente.
2. Que o Estatuto do Combatente
deveria ter o título de “Lei do Reconhecimento e da Solidariedade” e como
subtítulo “Estatuto do Combatente”:
3. Que deveria ser o Estatuto do
Combatente e não Estatuto dos Antigos Combatentes, já que o seu universo é
definido na lei; a mesma considera os atuais Combatentes das Operações de Paz e
Humanitárias; a Liga dos Combatentes não é só dos antigos combatentes, e o
estado de espírito dos combatentes é o que “Uma vez Combatentes, Combatentes
Sempre”.
4. Que no sistema de saúde da Liga
dos Combatentes (Centro de Estudos e Apoio Psicológico e Social – CEAMPS) e os
seus 11 CAMPS deveria ser dado o mesmo tratamento que é dado na proposta do
governo ao PADM.
E. Congratulamo-nos por ver a
proposta de Estatuto do Combatente com novos passos positivos, que nos dão
esperança que, quer a SERHAC/MDN/Governo, quer a Assembleia da República (após
a sessão do plenário da AR a que assistimos, com a audição positiva de todos os
partidos) poderão na discussão na especialidade atender a estas e outras
propostas válidas que surgirão certamente, por forma a que haja uma real
reconciliação entre os Combatentes e o Estado.
Será certo que,
qualquer verba que seja gasta em apoio dos Combatentes abrangidos pelo
Estatuto, diminuirá todos os dias e tenderá para o zero nos próximos vinte
anos.
F. A Liga dos Combatentes apela a
todos os Combatentes para que apoiem as suas propostas e nos unamos na sua
defesa.
O Presidente da Liga dos Combatentes
Joaquim Chito Rodrigues,
Tenente-general
2 comentários:
Estou muito contente com tantos a ver tão pouco. Ainda mais que hoje finalmente vi a secretaria dos combatentes, penso estado; toda sorridente na distribuição de comida aos mais necessitados quer COMBATENTES ou não. A montanha pariu um rato, e o rato custa aos portugueses todos os meses milhões de euros. Já vi muita propaganda de que agora é que vai ser, mais tudo não passa de uma farsa. Não precisamos de secretários, assessores, sub secretários, administrativos, pessoal auxiliar, motoristas e mais carros para nos darem uma pequena e misera esmola e mais pagar rendas de apartamentos de luxo ou prédios para a instalação destes serviços.Se qualquer governo nos quisesse dar uma esmola limpa e simples, bastava apenas u decreto lei feito por eles próprios sem tanta geringonça. Lá que sejamos pobres tudo bem, mas tão inocentes não meus pobres COMBATENTES. A tão a liga ainda aceita toda esta espelunca? Mas também pergunto aos senhores da liga e os nossos COMBATENTES MORTOS E ABANDONADOS POR TODOS OS TRAIDORES? Por mim dispenso a esmola e com a minha mulher não tenho de reforma sequer mil Euros, portanto com todo o dinheiro gasto com os tachos de mais uns gabinetesinhos e com a esmola mafiosa aos COMBATENTES, tragam os nossos mortos que pelo menos ainda conseguem fazer alguma coisa de bem aos COMBATENTES DO ULTRAMAR
Caros amigos
Não tenho mais comentários a não ser o de que preciso de ler com atenção o que está publicado.
Hélder Sousa
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