segunda-feira, 7 de novembro de 2016

P839: UM CANDEEIRO PECULIAR

UMA PEÇA DE ARTESANATO

Há uns tempos atrás publicámos numa edição da revista “Karas de Monte Real” umas imagens que mais pareciam tiradas numa qualquer Feira da Ladra, nas quais podíamos ver a Giselda a desembrulhar o que parecia ser um candeeiro e mostrando-o ao nosso camarigo Agostinho Gaspar.

Na verdade era mesmo um candeeiro, e a aparição do Agostinho nesta cena resulta do facto de também ele ser possuidor de um candeeiro similar, construído com idêntico material e feito pelo próprio durante a sua permanência na Guiné, na década de ’70.

Numa visita anterior a casa do Agostinho tínhamos então tido conhecimento da existência desse seu candeeiro, feito com recurso a partes das munições existentes no local – e não só, pois para além dos projécteis, invólucros e peças de latão, até as moedas locais foram utilizadas como suportes para os cigarros no cinzeiro, construído na base do referido candeeiro.


Na conversa que daí resultou referimos que o nosso candeeiro, que tinha sido oferecido à Giselda por um militar em comissão de serviço na Guiné, sofria de uma pequena anomalia na ligação da parte superior à base que impedia a sua fixação segura – e o Agostinho prontificou-se a fazer a devida reparação.


Essa reparação foi feita – e aqui ficam os nossos agradecimentos ao Agostinho - mas, tendo logo sido levado o candeeiro para o seu local habitual, num poiso nosso perto de Sesimbra, frustrou-se a nossa ideia inicial de mostrar logo de seguida o “piqueno” já recuperado – o que só foi possível há pouco tempo, quando finalmente tivemos oportunidade de fotografar o corpo do delito…


Aqui vos deixo pois as imagens dum candeeiro muito peculiar, feito com material normalmente utilizado para fins bélicos (descontando, claro, as moedas da Guiné, que tinham um fim bem mais pacífico) mas que agora se limita a iluminar o percurso do corredor de entrada dessa nossa casa.

Pergunto-me se outros camaradas terão conhecimento deste tipo de artesanato ou se serão mesmo possuidores de uma peça semelhante a estas duas…

Miguel Pessoa


1 comentário:

Anónimo disse...

Ficou bem bonito o candeeiro e de acordo com a ex- profissão do dono.
Os parabéns ao amigo Agostinho pela sua arte.
Um abraço.
M. Arminda