quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

P740: AINDA A PROPÓSITO DE MOSQUITOS...

Do nosso camarigo Zé Belo, nosso correspondente na Lapónia, surge-nos este comentário que poderá complementar o que já aqui foi dito sobre o combate aos mosquitos. Só que neste caso particular o mata-mosquitos eléctrico não teria grandes probabilidades de resultar...

"Nas curtas semanas do nosso Verão os terrenos baixos estão completamente alagados devido ao degelo.

Como é o período do Sol da meia noite e de temperaturas "suportáveis" para actividades de amadores citadinos (no exterior), muitos turistas vêm até aqui, acampando geralmente junto aos lagos e rios devido às vistas fantásticas, a pesca abundante e a canoagem fácil.

Só que... desconhecem... (e ninguém lhes diz!) que nesse período do ano até as renas se mudam para as terras altas e montanhosas para fugir aos mosquitos!

o é por acaso que muitas casas locais estão situadas em lugares bem altos.

São curtas as semanas com mosquitos mas... infernais.

Os piores ataques de mosquitos que experimentei na Guiné em nada se podem comparar com o que aqui acontece durante esses dias... felizmente curtos.

Por muito incrível que possa parecer por nos estarmos a referir ao que se passa dentro do Círculo Polar Árctico, as nuvens de mosquitos são tais que acabam por matar renas adultas devido à exaustão que lhes provocam durante dias a fio."

José Belo


Também da parte do Juvenal Amado a explicação de como ele complementava o ataque às melgas e mosquitos com valentes gritos de guerra que felizmente não terão traumatizado a criancinha ao seu lado...

"Miguel, o Leão também era o maior na Guiné. Ah ah ah!

No posto de sentinela era a única salvação contra os ataques da mosquitagem, que até através da roupa nos picava, já que no abrigo depois de descobrir os beneficio de ter uma rede mosquiteiro, até era um gosto ouvi-los sem nos poderem tocar.

Bem, aqui em Fátima embora more num 3º andar, melgas e mosquitos são uma praga e tenho se não um, dois já modernos, que ligam e desligam a horas certas. Arranca o da sala primeiro e passado 2 horas arranca o do quarto, já o outro está a desligar. Enfim, modernices...

Mas quando morava na Boavista de Alcobaça e a minha filha era pequena, esses materiais eram proibidos pela minha mulher, pois podiam fazer mal à menina.

Assim fazia-se revista aos quartos e normalmente todas as noites, lá andava eu de toalha na mão a matar melgas com normalmente maus resultados para as paredes, que tinham que ser lavadas amiúde.

Assim a garota que mal sabia falar era testemunha dos espectáculos que eu dava meio ensonado, pois ela assim que podia deitava-se no meio dos dois. E podia todos os dias.

Mas eu lá andava feito tonto, falando sozinho,- "Ah, filha da p… que não te apanhei" ou "toma, filha da p…, que já não mordes em mais ninguém".

Uma bela noite andava eu nesse tráfego quando oiço uma vozinha dizer: 
"Ó pai, está ali outra filha da p…"

Às vezes até as paredes têm ouvidos. Essa é que uma verdade."

Juvenal Amado

3 comentários:

Hélder Valério disse...

Palpita-me que este tema das 'melgas e mosquitos' dá, ou dava, "pano para mangas"....

E aquele barulhinho que elas fazem quando andam a 'zanzar' perto dos nossos ouvidos? São, ou não são, do mais irritante que há?

Tenho a sensação de que elas estão sempre a contornar as dificuldades que o Homem lhes coloca e arranjam sempre uma nova maneira de actuar.

Hélder Sousa

Juvenal Amado disse...

Não mas parece-me que aqui em casa elas gostam mais 0RH + que é o meu e deixam o B- que é o da minha mulher em paz.

Mas em relação aos mosquitos do Josè Belo devo dizer que vi à tempos um programa promocional da Suécia e na altura dos mosquitos, aquilo deve ser é uma praga difícil de aturar.

Bem agora o frio dá-nos um compasso de espera mas mal abre o Sol lá aparecem eles.

Anónimo disse...

Fico espantado com este ódio dedicado ao mosquito.

Esse belo animal, esse maravilhoso insecto díptero, primo direito da melga e parente próximo da mosca, cuja existência, só de "per si", tanto enriquece a língua portuguesa e a cultura luso-galaica.

Quem nunca ouviu chamar Mosca-morta, a uma pessoa indolente?

Quem nunca ouviu dizer "estás com a Mosca, quando alguém está irritad
o?

Quem nunca foi picado por uma simpática Mosca tsé-tsé, esse agente inoculador da doença do sono que provoca dias e dias de uma profunda e reparadora soneca?

E eu, pobre de mim, que não passo de uma Mosca morta, dada a minha timidez e inocência, aqui estou para me solidarizar com todos os insectos dípteros em geral e com o Mosquito, em particular, e deixar uma palavra de desagrado para essa errática Tabanca do Centro, local de contínuo asneirar a tornar-se, cada vez mais e pelos piores motivos, um "study-case"! Duvidam? Façam um inquérito e logo verão!

O director Pessoa não satisfeito com o título do seu "artigo" 739

CONTRA OS MOSQUITOS, MARCHAR, MARCHAR

apresenta várias formas de combate ao mosquito, não se esquecendo, é esperto como um alho, de enaltecer um tal Leão, leão esse que logo chamou à ribalta outro conhecido adepto do clube derrotado em Braga, o Juvenal Amado, para mais uma história de combate "toalhal" e verbal ao pobre do Mosquito.

Uma última palavra para o correspondente Josá Belo: Se os mosquitos incomodam tanto os turistas quando acampam junto aos lagos, mande-os para o meu BUARCOS LINDO, onde esse estimado animal não ataca nem nas partes altas e muito menos pica nas partes baixas!
Por hoje é tudo!

O MELGA- De- FERRÃO, correspondente em matérias científicas da FRELIBU