CONTRA OS MOSQUITOS
Recentemente,
aproveitando uma confraternização das Mulheres Paraquedistas (o seu XI Encontro)
em que eu e a Giselda costumamos estar presentes, deslocámo-nos para a zona de
Aveiro, onde permanecemos dois dias.
Do meu kit de viagem fazia parte o habitual aparelho mata-mosquitos eléctrico, uma das poucas peças sobreviventes dos meus tempos da Guiné. Acabei por não o utilizar porque as moscas, as melgas e os mosquitos não nos hostilizaram, mas o aparelho, esse, lá estava pronto como de costume para o que desse e viesse.
Do meu kit de viagem fazia parte o habitual aparelho mata-mosquitos eléctrico, uma das poucas peças sobreviventes dos meus tempos da Guiné. Acabei por não o utilizar porque as moscas, as melgas e os mosquitos não nos hostilizaram, mas o aparelho, esse, lá estava pronto como de costume para o que desse e viesse.
Este mata-mosquitos foi uma das minhas primeiras aquisições após a minha chegada a Bissau, um aparelho eléctrico que podia ligar-se à tomada da parede, coisa com que os recém-chegados da metrópole não estavam ainda habituados a lidar.
Claro
que havia no mercado outras opções, nomeadamente o Lion Brand (ou Leão Brando,
como muitos lhe chamavam…), a Marca do Leão,
como se podia adivinhar pela figura do leão na embalagem.
Mas, sendo para uso no meu quarto na Base Aérea, achei mais adequado o sistema eléctrico (menos poluente de fumo e cinzas), embora reconheça a maior polivalência do Lion Brand para quem, no mato, não dispunha (ou dispunha esporadicamente) de energia eléctrica nas suas instalações, ou para quem se fazia acompanhar do dito para ir comer sossegamente umas ostras à Casa Espada, sem ser atacado pelos mosquitos.
Mas, sendo para uso no meu quarto na Base Aérea, achei mais adequado o sistema eléctrico (menos poluente de fumo e cinzas), embora reconheça a maior polivalência do Lion Brand para quem, no mato, não dispunha (ou dispunha esporadicamente) de energia eléctrica nas suas instalações, ou para quem se fazia acompanhar do dito para ir comer sossegamente umas ostras à Casa Espada, sem ser atacado pelos mosquitos.
Passe
a publicidade, aquele dispositivo da marca Vape-Mate prestou-me bons serviços
durante toda a minha estadia na Guiné; no regresso, sabendo que na metrópole
estas modernices ainda não estavam implementadas, municiei-me com uma série de recargas
de pastilhas para assim poder continuar a dar-lhe bom uso, embora de forma mais
esporádica.
Tal
durou um par de anos até que, por se terem esgotado as munições, guardei o
aparelho num armário e esperei por melhores dias… O que sucedeu alguns anos
depois, com o aparecimento no mercado de máquinas do mesmo tipo e respectivas
recargas. Penso que da Vape-Mate não surgiu nada no mercado, mas apareceram
outras marcas que ainda hoje podemos encontrar nas prateleiras das lojas,
pequenas ou grandes.
Claro
que se iniciou aí uma segunda vida para o meu mata-mosquitos que, nas minhas
mãos, irá comemorar o seu 43º aniversário sem quaisquer falhas, embora (por não haver
necessidade) actualmente funcione a um ritmo muito inferior àquele que lhe era
exigido nos meus tempos da Guiné.
E
embora com um aspecto algo chamuscado (é do uso…) ele aqui continua pronto para
despachar uma catrefada de recargas… e de mosquitos…
Miguel Pessoa
5 comentários:
Claro que o Miguel só podia usar um aparelho da marca do ... Leão!!!
Uma vez, (porque a cabeça já não pensava direito), para me livrar dos mosquitos que eram verdadeiras "esquadras de ataque", coloquei dois ou três coisas daquelas a "arder" no quarto, o que me deu, para além de uma enorme dor de cabeça, um mal estar prolongado!!!
Enfim, não se deve "tomar" o remédio todo de uma só vez!!!
Bem lembrado, Miguel!
Abraço
Joaquim
Miguel o Leão também era o maior na Guiné. Ah ah ah
No posto de sentinela era a única salvação contra os ataques da mosquitagem, que até através da roupa nos picavam, já que no abrigo depois de descobrir os beneficio de ter uma rede mosquiteiro, até era um gosto ouvi-los sem nos poderem tocar.
Bem aqui em Fátima embora more num 3º andar, melgas e mosquitos são uma praga e tenho se não um, dois já modernos, que ligam e desligam a horas certas. Arranca o da sala primeiro e passado 2 horas arranca o do quarto, já o outro está a desligar.
Enfim modernices.
Mas quando morava na Boavista de Alcobaça e a minha filha era pequena, esses materiais eram proibidos pela minha mulher, pois podiam fazer mal à menina.
Assim fazia-se revista aos quartos e normalmente todas as noites, lá andava eu de tolha na mão a matar melgas com normalmente maus resultados para as paredes, que tinham que ser lavadas a miude.
Assim a garota que mal sabia falar era testemunha dos espectáculos que eu dava meio ensonado, pois ela assim que podia deitava-se no meio dos dois. E podia todos os dias.
Mas eu lá andava feito tonto, falando sozinho,- "AH filha da puta que não te apanhei" ou "toma filha da puta, que já não mordes em mais ninguém".
Uma bela noite andava eu nesse tráfego quando oiço uma vozinha dizer-
"OH pai está ali outra filha da puta"
às vezes até as paredes têm ouvidos. Essa é que uma verdade.
Um abraço
"O mundo é täo esquisito...tem mosquito!
Porquê,mosquito porquê...eu e você?
Você é inseto mais indiscreto da criacäo
tocando fino,sem violino,na escuridäo.
Tudo de mau você reune
mosquito pau que morde e zune......"
(Rio de Janeiro /1970-Vinicius de Morais)
Acerca dos mosquitos também fui bem picada na Guiné.
Se tivesse estado no tempo do Miguel, tinha seguido o seu exemplo.
Valeu-me um mosquiteiro e o repelente do Laboratório Militar, que ainda por cima, cheirava menos bem!..
Quanto ao campismo, de que fala o amigo Belo, também fui muitas vezes atacada no parque de campismo da Troia, em tempos que já lá vão, quando os "malucos das máquinas voadoras", pulverizavam os arrozais do Sado, na(Comporta) e assim que escurecia, aí vinham eles aos milhares,como nuvens. A solução era voltar para a tenda e esperar que passassem.
Agora na cidade protejo as janelas das varandas, com redes mosquiteiras.
De vez em quando também faço, como o Juvenal Amado, mas só lhes chamo, filhos da mãe!..
Um abraço para os três. Mª Arminda
Do que o Miguel se foi lembrar!....
Realmente, as pragas de mosquitos bem que incomodavam.
Nesse tempo, por cá, também havia melgas, normalmente com maior predominância junto a locais com águas menos movimentadas como os arrozais do Sado (de que fala a Mª. Arminda).
O "Lion Brand" foii de facto uma grande companhia para o pessoal. Para uma larga maioria (arriscava a dizer, 'para todos') foi uma revelação, na medida em que por cá seria desconhecido, logo não utilizado.
As 'modernices' eléctricas também não eram de desprezar mas no mato seriam menos utilizadas. No fundo, foram equipamentos muito úteis, já que mesmo quando se usavam redes mosquiteiras as "filhas da mãe" encontravam sempre maneira de picar...
Hélder Sousa
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