ÉRAMOS 4, HOJE
SOMOS MUITOS
9 de Dezembro de 2009. Dia de Inverno. Temperatura amena para a época.
Partida de Fátima, com o Juvenal na
condução do seu Mercedes, de 4 lugares, descapotável e de alta
cilindrada.
O Juvenal não podia ultrapassar determinados limites de velocidade. Sempre atento, ia mirando as bermas das estradas, não estivesse o inimigo por aí emboscado. Com a memória ainda fresca dos acontecimentos vividos nas matas e picadas de Galomaro, o Juvenal impunha a si próprio uma condução cautelosa. O destino era Matosinhos onde, na Tabanca Pequena, se ia proceder ao lançamento do livro de Manuel Maia, "A história de Portugal em Sextilhas".
O Juvenal não podia ultrapassar determinados limites de velocidade. Sempre atento, ia mirando as bermas das estradas, não estivesse o inimigo por aí emboscado. Com a memória ainda fresca dos acontecimentos vividos nas matas e picadas de Galomaro, o Juvenal impunha a si próprio uma condução cautelosa. O destino era Matosinhos onde, na Tabanca Pequena, se ia proceder ao lançamento do livro de Manuel Maia, "A história de Portugal em Sextilhas".
Até à Figueira da Foz a viagem fez-se na
máxima tranquilidade e segurança. Aí surge mais um camarada disponível para
montar a segurança à retaguarda. O Almirante deixa o seu Porto de Buarcos e
ameaça que, se na sua ausência algo de errado acontecer, ele avançará com o seu
grupo de Nhacobá…
Em Aveiro, nova paragem. Entra na viatura um quarto camarada para reforçar a segurança à retaguarda. Ainda meio atordoado, com os ares escaldantes do Sul da Guiné, no seu subconsciente, promete ao grupo a maior dedicação e entrega, na segurança.
Em Aveiro, nova paragem. Entra na viatura um quarto camarada para reforçar a segurança à retaguarda. Ainda meio atordoado, com os ares escaldantes do Sul da Guiné, no seu subconsciente, promete ao grupo a maior dedicação e entrega, na segurança.
Após uma média horária superior a 48 km/h estavam percorridos os 265 Km que nos separavam de Matosinhos.
Fantástico!
Ali chegados tivemos direito a uma honrosa
recepção, onde não faltou o chouriço, os carapaus fritos, a bianda e… o feijão.
Ah! E um bom tinto da casa.
Servido o repasto e prestada homenagem
ao Manuel Maia havia que regressar à base. Tudo correu normalmente até à área de
serviço de Antuã, onde parámos para mudar águas.
Para nosso espanto encontrámos 3
oficiais, bem ataviados, que se faziam deslocar numa pequena viatura, antiquada
e sem grande capacidade para transportar 3 oficiais. Enfim, duros tempos!
Estabeleceu-se de imediato um
interessante diálogo com aquele pessoal, a quem o Mexia Alves deu lições da
vida castrense. Indicou-lhe as chefias militares do Regimento de Artilharia do
Porto, de outrora, as suas instalações e respectivas localizações.
A guerra da Guiné foi tema abordado, mas
os oficiais aos costumes disseram NADA.
Perante tanto desconhecimento a revolta
era latente em todos, e decidimos avançar na construção da nossa Tabanca para
defesa dos nossos camaradas.
Era urgente definir objectivos e eleger
as chefias.
O chefe, ainda não Amado, mas
denunciando qualidades de liderança invulgares, foi eleito por unanimidade e
aclamação.
A localização da Tabanca seria decidida
pelo chefe.
O objectivo primeiro: Consistia, de
imediato, na angariação de fundos para ajudar camaradas em situações mais
críticas.
O objectivo segundo: Seria a tomada de
assalto do Regimento de Artilharia do Porto, para apoio à nossa Tabanca, com
data prevista para 2050.
Objectivo terceiro: Reocupação na Guiné
dos aquartelamentos de Galomaro, Bambadinca, Cumbijã, Nhacobá, Guileje e
Gadamael, previsto para 2060, bem conhecidos, em tempos idos, dos 4
intervenientes.
Deixámos finalmente Antuã com a sensação
de dever cumprido.
Em Aveiro ficou o Manuel Reis onde iria
organizar o grupo dos " Suspeitos de Costume", com o objectivo de
suster o avanço de infiltrados.
Na Figueira da Foz o Almirante Vasco da
Gama foi ordenar a protecção do seu Buarcos lindo, com o seu grupo de apoio.
O Chefe foi assumir o seu posto de
Comando em Monte Real ao mesmo tempo que o Juvenal se dirigia para Fátima para
mobilizar as tropas dispersas pelos arredores.
E foi assim o primeiro dia, do resto da
vida da Tabanca do Centro (*).
Um abraço para todos os camaradas.
Manuel Reis
(*) Nota dos editores: Criação oficializada em 27
de Janeiro de 2010, com a realização do nosso 1º Encontro em Monte Real.
Efeméride que vamos relembrar no próximo dia 30 de Janeiro com a realização do
nosso 42º Encontro, 5 anos depois…
4 comentários:
Pois é, Manuel, já lá vão 5 anos!!!
Obrigado pelo teu texto.
Recordei uma bela viagem, muito bem acompanhado!
Grande abraço e até sexta feira.
Caros camaradas
Texto oportuno a lembrar uma data.
E a mostrar (para quem às vezes anda desatento) que tudo tem um começo.
Coisa aparentemente simples mas que contém "aquele não sei quê" que torna o acontecimento diferente de muitos outros aparentemente iguais.
A viagem em si mesma deve ter criado o ambiente propício ao desenvolvimento da iniciativa. Depois, o motivo pela qual ela foi feita, a manifestação prática do que pode a solidariedade, e o próprio ambiente ilustrado pela "Tabanca de Matosinhos" acabaram por dar o 'toque final'.
5 anos é muito tempo, muitos meses de cozido a manjar.... parafraseando uma canção do Paulo de Carvalho.
Por isso a "Tabanca do Centro" e os seus 'progenitores' estão de parabéns.
Abraço
Hélder Sousa
Interessante a descrição de como foi formada a Tabanca do Centro. Estão de parabéns. Não poderei comparecer, mas desejo que seja alegre, alias como sempre, o encontro de amigos. Quem mantêm ao longo de 5 anos, mensalmente estes convívios, só pode mesmo ser amigo. Um abraço para todos. Mª Arminda
Há 5 anos estava a cumprir o último dos sessenta. Demorei algum tempo a descobrir e a filiar-me na Tabanca do Centro. Mas, depois de o fazer, considero-me um indefectível. Obrigado portanto aos seus fundadores. Que venha depressa o dia 30 de Janeiro.Até já. JERO
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