quinta-feira, 16 de junho de 2016

P804: NO RESCALDO DE UMA CERIMÓNIA EM FAFE

Embora algo datado no tempo, não queremos deixar de fazer referência a uma cerimónia que decorreu em Fafe no passado dia 6 de Abril. Várias enfermeiras paraquedistas foram convidadas para representar o quadro das enfermeiras paraquedistas num evento da Câmara Municipal de Fafe.

Este realiza-se anualmente (como Contributo para a História) para personalidades ou grupos cujo desempenho é, ou foi, ligado  a Causas Humanitárias. O desempenho das enfermeiras P.Q. na Guerra das ex-colónias portuguesas encaixava no perfil do programa e foi essa a razão do convite para a sua presença.

Da parte da manhã cada enfermeira esteve num café da cidade em tertúlia aberta com os Fafenses. À tarde foi colocado num monumento púbico da cidade um envelope, cujo conteúdo foi escrito por uma enfermeira, com palavras suas, sobre a ação das enfermeiras paraquedistas em palco de guerra de 1961 a 1974. Este escrito tem a particularidade de só de aqui a 25 anos ser aberto esse envelope e divulgado o seu conteúdo.

O evento terminou à noite com uma cerimónia dedicada às enfermeiras paraquedistas, pelo seu contributo à história da sua acção humanitária em tempo de guerra.

Juntamos o artigo feito por uma jovem jornalista da RTP África - Sónia Patacão - presente naquele evento, que não perdeu pitada do que viu e ouviu e produziu este interessante texto.

Adaptação de um texto da Enfermeira Rosa Serra,
presente nesta comemoração

3 comentários:

JD disse...

O amor aqui referido no texto terá sido a grande mola de impulsão para as nossas enfermeiras, o amor ao próximo em qualquer circunstância, ainda que correndo graves riscos pessoais. E retenho outra frase, para que o mundo não se esqueça do que é o mundo sem humanidade, sem capacidade verdadeira para procurarmos o entendimento, para colaborarmos construtivamente sem remoques de cor ou de imaginada superioridade cultural, porque, afinal, não havendo necessidade de ser letrado, o agricultor anónimo trabalha sem descanso e sem férias para satisfação das necessidades básicas de quem não conhece. Será o advogado, por exemplo, mais importante para a humanidade?
Também me curvo perante o amor generoso das nossas enfermeiras pára-quedistas.
JD

Carlos Vinhal disse...

Façamos o que fizermos, em termos de homenagens, pelas nossas queridas camaradas Enfermeiras Paraquedistas, ficará muito aquém daquilo que elas merecem. Bem hajam pelo seu altruísmo.
Carlos Vinhal
Guiné, 1970/72

joaquim disse...

Todas as homenagens são poucas para enaltecer e dar a conhecer o extraordinário trabalho de dedicação e abnegação das Enfermeiras Pára-quedistas em África.

Poderíamos escrever palavras sobre palavras, elogios sobre elogios, que não conseguiríamos nunca atingir o que nos vai na alma, sobretudo àqueles que com elas estiveram em África.

Por isso, e bem à maneira portuguesa, um simples, mas muito significativo BEM HAJAM!

Joaquim Mexia Alves