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da 1ª flagelação ao Xitole em 04.04.1972
recuperadas depois da 1ª flagelação ao Xitole em 04.04.1972
Ao fundo vêem-se as valas que utilizávamos durante as flagelações.
Num almoço da CART 3492, (companhia a que pertencia na minha chegada à Guiné), que tivémos em Monte Real, o António Azevedo, nosso médico "de serviço", (é sempre bom ter um médico por perto nestes almoços...), que esteve connosco no Xitole, contou-me a seguinte história de que eu já não me lembrava.
Contou ele que, quando foi o primeiro ataque ao Xitole, estava no exterior da "messe" de oficiais e ao ouvir os sons das saídas de morteiro e canhão sem recuo, começou a olhar para o ar para ver onde era o "arraial", pensando estar em Viana do Castelo nas festas ou coisa parecida.
Contou também que se sentiu projectado no ar e caiu dentro da vala, tendo eu caído por cima dele.
Tinha sido eu que o tinha "atirado" para a vala ao dar-me conta que ele não percebia o que se estava a passar!
Se fosse hoje, com o meu peso, esmagava-o!!!!
Joaquim Mexia Alves
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4 comentários:
Ainda bem que o amigo Mexia Alves era nesse tempo mais magro, caso contrário lá se ía o médico à vida, que por essas terras eram escassos e tê-los por perto era uma bênção. Hoje também não teríamos essa narração.Ainda bem para ambos que se vão encontrando e contando estes e outros episódios das suas vidas passadas em campanha. As valas(abrigos), também ajudaram a que muitos combatentes, se salvassem a tempo e horas. Um abraço para os dois. Mª Arminda
Boa tarde Joaquim
Depois dessa "queda" o médico António Azevedo ficou a dever-te muitas "consultas".
Grande ABRAÇO de Alcobaça.
JERO
Ó Camariga Maria Arminda, com que então a chamar gordo ao nosso Amado Chefe, ele que prima pela elegância...ou será a elegância da prima.
Não ligue, estou a ficar caduco e achei este arraial muito curto!
Os meus arraiais lá para os lados do Cumbijã e Nhacobá ultrapassavam, em duração, os da senhora da Agonia.
Até sempre
Abraço para todos.
Vasco A. R. da Gama
Meu caríssimo Almirante
O "arraial", se bem me lembro até nem foi muito curto, a escrita é que sim!
Claro que poderia ter escrito sobre "o sincopado matraquear das poderosas armas do inimigo», ou da "dessincronia da resposta atempada e lúcida por parte dos nossos meios de defesa", a até, relatar o "constante stress nos nossos militares, provocado pelos poderosos estampidos dos rebentamentos da revolta das armas inimigas procurando a liberdade" e até mesmo, "que os matizes das cores das terras africanas ao cair do dia, envolviam os militares como que em danças dantescas, povoadas aqui e ali com clarões de um fogo abrasador lançado sobre as cabeças dos usurpadores de terra alheia", mas isso não acrescentaria nada à história! eheheh
Grande e amigo abraço para todos
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