Começo por
me penitenciar pelo atraso com que meto nas rotativas este texto que me foi
enviado pelo nosso camarigo Agostinho Gaspar. Desculpar-me-ão, mas isto de
dedilhar o computador com a mão esquerda deixa qualquer um stressado – quando
“pensamos” com a mão direita e escrevemos com a esquerda, o que vai sendo
escrito sai sempre atrasado em relação ao que estamos a pensar; e isso, acreditem, deixa-me muito cansado – e
frustrado... Daí a minha falta de paciência para produzir trabalho para o
blogue.
Viagem
a Lisboa para visitar os ilustres Lisboetas da Tabanca Centrista.
De
Leiria, pelas 10H45 de 25 de Julho, levantava voo um jacto privado, tendo aos comandos
o piloto Agostinho Gaspar, a dar orientações o co-piloto Vítor Caseiro e como
assistentes de bordo Carlos Santos e Paulo Moreno. O charter tinha como
objectivo dar algum amparo ao convalescente Miguel Pessoa, vítima de uma queda
parva que lhe deixou uma asa danificada, mazela de que ainda vai levar algum
tempo a recuperar.
Poucos
quilómetros depois da partida ainda ia o jacto a meio gás, com a escolha entre
as várias entradas para a capital, A1, A8, A19 e IC2, o co-piloto deu a
informação atrasada e acabamos por entrar na A19 para apanhar a IC2 mais à frente;
afinal tudo correu bem com o tempo devidamente cronometrado para não falhar a
aterragem na hora certa.
Chegamos
a Lisboa à hora prevista, o GPS indica-nos a pista de aterragem, Avª Gago
Coutinho, 129, bem próximo do aeroporto. Depois de uma aterragem suave com o
motor a meio gás e auxiliado por uns travões ainda frescos, a deslizar
pela pista, o co-piloto afinal informa o piloto que já tinha passado o 129… Para
não haver uma travagem forçada ou os controladores de trânsito não verem nisto uma
manobra perigosa dos provincianos que vêm visitar a capital de anos a anos, o
piloto resolve seguir viagem lentamente até ao próximo sinal de inversão de
marcha, contornando a rotunda do relógio e descendo a avenida em marcha lenta até
ao 129.
Ali
chegados deparámo-nos com um palacete ou solar do século XIX e ficámos a pensar
que seria a moradia dos ilustres a visitar, imaginando no nosso entender que ainda
teriam familiares de sangue azul. Depois de ter estacionado o jacto privado, ainda
deu para meter conversa com o Coronel Calheiros (paraquedista), que também se
encontrava no local. Passados alguns minutos chega o Miguel Pessoa e a Giselda,
informando-nos estes que seria ali que íamos almoçar, e que o prédio pertencia à
AFAP – Associação da Força Aérea Portuguesa – uma entidade à qual podem
pertencer como sócios todos os civis ou militares que passaram pela Força Aérea.
Apresentados os cumprimentos protocolares e os nossos votos de melhoras ao amigo Miguel, entrámos, verificando que já estava uma mesa reservada para o nosso grupo! Depois de saborear o almoço, e já com a marufa (barriga) cheia e depois de saber que alguém já tinha pago a conta, foi a nossa vez de agradecer com a oferta de alguns produtos da região do centro, não esquecendo o famoso grunho (leitão) assado da Boa Vista. Claro, sempre sugerindo uma dieta rigorosa ,aos cuidados da Sra. Enfermeira, para não alterar exageradamente o colesterol do paciente…
Todos
se mostravam bem dispostos, resultando daí uma tarde bem passada. Agradecemos
ao casal Pessoa a amabilidade com que nos tinham recebido e renovámos o nosso
desejo de melhoras rápidas para o sinistrado.
Depois
de termos posto as conversas em dia e feito as habituais fotos de família, fizemos
as despedidas e pusemo-nos a caminho de casa. O regresso correu bem, nada de
aventuras, e depois de uma boa viagem chegamos à nossa amada Leiria!
O
Miguel não quis deixar de enviar cumprimentos para todos os amigos, lamentando
não ter podido estar presente no almoço de Junho mas prometendo fazer todos os
esforços para não faltar ao próximo convívio, em Setembro.
Agostinho
Gaspar
Como
comentário final a este reporte do Agostinho, resta-me renovar os meus
agradecimentos a este simpático grupo que me quis mimar com a sua presença –
aliás como já tinha sucedido anteriormente com o grupo formado pelo Joaquim
Mexia Alves, Vasco da Gama, JERO e Belarmino Sardinha – apresentando igualmente
os meus agradecimentos a todos os que de algum modo me dirigiram palavras de
estímulo para uma recuperação que ainda irá demorar algum tempo a
concretizar-se.
Penso que
esta reportagem poderia merecer uma recensão da parte de algum dos camarigos,
arriscando-me a pedir ao nosso caro Almirante Vermelho que por sua iniciativa
ou através de um dos seus heterónimos diligencie nesse sentido. Fico a
aguardar, expectante.
Um abraço
amigo a todos
Miguel
Pessoa
(Com o apoio
da Giselda, claro!)
11 comentários:
Vamos or partes:
1º - Parabéns ao Miguel, que mesmo em dificuldade, não deixou de publicar esta notícia.
2º - Parabéns ao Agostinho que se aplicou a escrevê-la!
3º - Parabéns ao Paulo Moreno que tirou fotografias e me enviou, mas que eu por falta de tempo e de texto acabei por não publicar. Mea culpa!
4º - Quando começei a ler a noticia logo calculei que com tal piloto e navegador a coisa iria complicar-se! Não em enganei pois o 3º paragrafo assim o confirma! Isto de ser piloto e navegador não é para todos, não é verdade, Miguel??? Metem-se uns "arre-machos" a armarem-se em pilotos e é no que dá! Se fossem a pé, ou de Unimog, não se tinham enganado! eheheh
5º - Espero que o leitãozinho tenha caído em boas ... barrigas!!!
6º - Ó Agostinho o que é que eu preciso de partir para ter assim também um leitãozinho???
Posso mesmo partir alguma coisa a um gajo que não seja eu!!!
Fora de brincadeiras, foi uma grande visita que o Miguel e a Giselda muito merecem.
Grande abraço
Joaquim Mexia Alves
Assim se mede a amizade.
Olha eu, aqui por Lisboa Norte, e nada fiz.
Espero que o Agostinho se tenha lembrado de juntar às lembranças as célebres Brisas do Lis que, como o nome indica, não são de vento, são do melhor que há na cidade (que tambem é MINHA), elém das judaicas Morcelas de Arroz.
Daqui saudo as PESSOAS, fazendo votos de rápido restabelecimentos, as companheiras tambem sofrem, e que em breve os possamos abraçar, sem receio de "estragar" a recuperação.
Um abraço geral.
Com tanta romaria até ao "leito" do paciente...comeco a recordar a Casa de Saúde da Cruz Vermelha em tempos passados.MAS,näo só o paciente era "outro", como estes novos peregrinos säo Amigos sinceros e Camaradas que,para mais,se fazem acompanhar de.... leitäo assado!
Amigo Miguel, folgo por o ver com boa aparência e um pouco mais magro. A Giselda anda a tomar conta dos petiscos?. Parabéns por já ter retomado esta actividade, mas não force, porque por uma da fotos vejo que o braço direito tem outra coloração.A mania que as enfermeiras têm de reparar em tiudo! O texto está com muita graça e os seus "amigos Guinéus", são mesmo do peito.Um abraço para todos e para o Miguel votos de rápida recuperação. Um beij, para si e Giselda. Mª Arminda
Então não querem lá ver, este Agostinho não é santo nenhum e anda a brincar com o leitão, com tantos de nós bons de saúde e que andam danadinhos para ferrar os dentes no dito da Bela Vista, vai entregá-lo a um doente?
Miguel e Giselda, já sabem que o vinhinho está fresco e pronto a abrir...
Grande malta esta...
Um grande abraço para todos.
BS
Magnífico texto, os meus parabéns.
Quando fui convidado pelos amigos da Tabanca do Centro, da possibilidade
de integrar o grupo de operacionais que se preparava para uma visita ao casal Pessoa,
fiquei bastante agradado, por se terem lembrado de mim, “piriquito” para tal missão, logo dei um passo em frente,
fomos fazendo o briefing, entretanto soubemos da visita do primeiro grupo da TBC, que atacou primeiro e com
uma missão perfeita, foi pensado adiar a visita para outra data, mas a missão já estava em marcha e não parou, 2 ataques com o mesmo objectivo
levar ânimo e palavras amigas ao casal Pessoa.
Caro Sr. José Martins, é verdade às famosas Brisas do Lis, estiveram na lista de coisa para levar para a capital
mas o transporte e o possível calor, adiou tal iguaria pois poderia estragar-se, em troca foram umas queijadas de amêndoa
cá da zona que também recomendo.
Grande Abraço, e o meu Obrigado.
P. Moreno
Caros Amigos.Como podem compreender,tudo o que se trate de petiscos do meu querido Portugal,depois de já aqui estar a viver há mais de 36 anos,deixa sempre água na boca.(Seja Cozido à Portuguesa,Leitäo Assado,etc,etc,etc,etc....e os etc's seriam muitos!).Confesso ter ficado com curiosidade quanto ás "Brisas do Lis" acima referidas.Haverá alguma "alma caridosa" que me esclareca sobre este petisco? Um grande abraco.
E näo foram precisos muitos minutos para um "Överste Figther-Pilot" fazer aterrar neste extremo norte da Europa a receita do petisco.Já verifiquei que tenho amendoas em casa (e é sorte, porque a loja mais próxima fica a umas boas centenas de quilómetros daqui!),e as Brisas do Lis väo ajudar a aguentar o nosso Inverno de cerca de nove meses que já comeca a querer instalar-se com temperaturas de 6(!) graus durante a noite. Mais um grande abraco e...OBRIGADO!
Isto merece ser comentado de outra maneira, mas por ora perguntar apenas se não há ninguém que se "desengome" e envie duas dúzias das tais brisas ao senhor JOSEPH !
Gaita, que já não há solidariedade para com o famoso bloguista. Aproveita-se e manda-se um leitão da Bairrada ou de Leiria!
Estão à espera de quê?
Um marítimo de Buarcos...
Excelentíssimo Senhor "Embarcado-De-Buarcos". A escolher,antes um cozido da Sra.D.Preciosa da Pensäo Montanha de Monte Real.Ingredientes para as Brisas do Lis tenho em casa,e leitäo para assar também se arranja.Ou seja:Rena nova "descascada" e de cornos cortados para entrar no forno! Mas,quanto a petiscos lusitanos,é como a história da raposa e das uvas....."Estäo Verdes!".
A última fotografia
É prova reveladora
Que há muita barriguinha
A precisar de rebarbadora!
Um Magriço de Buarcos
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