OS SINAIS DE DEUS
Este texto, da autoria do nosso camarada Joaquim Mexia
Alves,
foi recentemente publicado nos blogues
https://queeaverdade.blogspot.com/
e https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/
Era para ser uma consulta normal de oftalmologia.
Na quarta feira, a caminho de Lisboa,
pareceu-me sentir algo diferente na minha vista direita mas não dei importância
por já ter alguns problemazitos anteriores que eram, aliás, motivo da consulta.
Na consulta a médica, muito simpática e competente (amiga do meu filho mais velho e da minha nora), mandou-me ler com a vista direita as habituais letras do quadro e foi então que percebi que não via nada daquela vista, estava tudo negro, excepto uma pequena nesga do lado direito que ainda tinha imagem.
O susto foi enorme e feitos os exames competentes logo se chegou ao diagnóstico de um grave descolamento da retina que necessitava de intervenção cirúrgica urgente.
A competência e dedicação da médica foram inexcedíveis e conseguiu que uma sua colega arranjasse tempo para me operar no fim da manhã seguinte.
Assim aconteceu e, para encurtar razões, já me encontro em casa, em repouso prolongado para garantir o bom êxito da operação.
Como em tudo o que me acontece hoje em dia tento sempre ver a presença de Deus e o que Ele me quer dizer no que me vai acontecendo.
Assim escrevo este texto que vai ser o último destes próximos dias.
OS SINAIS DE DEUS
A mão de Deus
Esta consulta já tinha sido adiada por mim.
Se fosse quando estava marcada
inicialmente o problema não teria sido detectado.
A mão de Deus guiou-me para o tempo
certo e as circunstâncias certas.
Nas coisas de Deus não há coincidências,
há “deuscidências”.
Sinal de Deus
A constatação de que nada via da vista direita, como se fosse uma cortina preta, excepto a pequena nesga do lado direito, levou-me a reflectir que muitas vezes nós colocamos essas “cortinas” na nossa relação com Deus e apenas O queremos ver em pequenas partes das nossas vidas.
Também precisamos de uma “operação
espiritual” que remova essas “cortinas” da nossa visão de Deus.
A presença de Deus
Depois do enorme susto de perceber a perda da visão naquela vista, sobreveio uma grande serenidade, aceitação e entrega à vontade de Deus.
Entreguei tudo por aqueles que podendo
ver Deus querem continuar cegos à Sua presença nas suas vidas.
Nas horas que fui passando nos cadeirões
e macas, fui invocando o Espírito Santo e servindo-me dos dedos das mãos para
ir contando as contas do Rosário, sentindo assim bem viva a Sua presença com
Maria nossa Mãe junto de mim.
O amor de Deus
As médicas, as enfermeiras, auxiliares, administrativos daquele Hospital dos Lusíadas, foram de uma simpatia e dedicação a toda a prova (e reparei que não era só comigo), e isso foi para mim o amor de Deus a rodear-me.
A minha comunidade paroquial da Marinha Grande com os seus grupos a que pertenço com enormes amizades, as minhas amigas e amigos do Renovamento Carismático Católico, no CHARIS, Pneuma, Comunidade Emanuel também do Alpha com as suas orações, foram também, sem dúvida, sinal visível do amor de Deus para mim.
O meu “velho” grupo de amigos de Lisboa com o Grupo de Forcados de Montemor e não só, já desde a juventude, com a sua amizade e solidariedade, foram uma expressão muito sentida deste amor de Deus que une os amigos. Um deles até escreveu logo que esperava um texto sobre o “acontecimento”!
Os meus filhos, nora e genro, a minha mulher, a minha irmã e irmãos, a minha família e ligados a ela, com o seu carinho e ternura foram e são sempre a parte mais visível e próxima do amor de Deus na minha vida.
A todos, muito, muito obrigado.
Guardo-vos nas minhas orações
Deus vos abençoe, proteja e guarde
sempre.
Realmente o amor de Deus não tem largura nem comprimento, é incomensurável, eterno e manifesta-se das mais variadas formas.
Obrigado meu Deus por tanto que me dás e eu dou-Te tão pouco.
Marinha Grande, 19 de Julho de 2025
Joaquim Mexia Alves
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