LAS GALLETAS
Cortadas do turismo as grilhetas,
a passo ora anda a vida em "Las
Galletas"
Os belgas do TEN-BEL foram-se embora
e o pueblo retomou vida d’outrora
sem stress e devagar, como convém...
Na biblioteca, bem documentada,
consegue-se uma tarde bem passada
bebendo da tinerfeña cultura...
O espaço é agradável para ler
podendo dessa forma conhecer
do grande povo e da sua postura...
e o cheiro a maresia que decorre
anuncia uma manhã bem soalheira...
D´outono mês, o dia é já o segundo,
mais uma vez teremos "verão
profundo"
em "Las Galletas" terra
hospitaleira ...
Com força estava o mar em suas veias
mas nada qu’impedisse ver baleias,
deixou ver os cetáceos às seis milhas...
Ali entre os "Cristianos" e a
"Gomera"
de todos conhecida é a
"carretera"
que atrai embarcações das duas ilhas...
p`ra mais de quatro meses junto ao mar
aqui em "Las Galletas", vou vivendo...
aqui em "Las Galletas", vou vivendo...
Janeiro,vinte e dois, dia decorre,
o sol brilha no azul e a brisa corre,
num banco, frente ao mar, vou
escrevendo...
Gaivotas com seus pios estridentes
nas rochas quebra/mar, impacientes,
pela gratuita bucha por chegar...
De quando em vez em seus voos rasantes
espreitam com os olhos penetrantes
turquezas águas visando pescar.
protestos entendíveis, em verdade,
reflexo já de um hábito ancestral...
reflexo já de um hábito ancestral...
"contrato" dá-lhes parte do
pescado,
as tripas e algum peixe já amassado
que não iria à lota no final...
E chega enfim, qual
benção, refeição.
Sardinha e outro
pescado d’ocasião
num belo espectáculo a
não perder...
Das mãos dos
pescadores, jogado ao mar,
pescado aos bicos
fortes vai parar
às vezes, sem mergulho,
há que dizer...
isento de trabalho e
até de "fisco",
a vida sem esforço vão
ganhando...
No céu azul, apenas
salpicado
por "flocos de
algodão" esbranquiçado,
depois de saciadas vão
planando...
Com velas enfunadas, os
veleiros,
procuram, alguns deles,
bons pesqueiros
p’ras domésticas arcas
atulharem...
E o generoso mar não
regateia
a todos que o sulcam
pois premeia
prazer sentido por o
visitarem...
o dia é vinte e nove e
não está mal
da praia o vento trava
hoje a vontade...
Diante dum "cortado",
na esplanada,
espreito um jornal que
não diz nada
senão política
banalidade...
Manuel Maia
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