domingo, 5 de maio de 2013

P332: LENDAS... E NARRATIVAS...



13 comentários:

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Essa série do "Correio da Manhã" tem o mérito de 'mexer' num assunto (a existência 'num passado longínquo' dumas guerras em África em que vários milhares de jovens portugueses estiveram envolvidos), fazendo com que não caiam em total esquecimento.

Aliás há sempre quem diga que o 'assunto já não vende', que 'não há mercado', que 'só tem como clientes os sobreviventes desses tempos' e, por isso, essa pequena série do "CM" é em si mesma importante.

Mas, e há sempre um 'mas', o espaço atribuído, o tipo de tratamento dos depoimentos, a ênfase dada a um ou outro aspecto, etc., tem muito a ver com critérios de oportunidade editorial, de sensacionalismo para captura de leitores, de conceitos e preconceitos relacionados coma 'estadia em África', daí que, para mim, a generalidade destes depoimentos me pareçam 'chochos'.

Relativamente ao relato em causa, lamenta-se a morte trágica da enfermeira, que já foi relatada em vários locais, entre os quais no nosso Blogue "Luís Graça". Mas saúda-se o engano quanto à identidade da vítima já que a 'malograda' Giselda está viva, está bem e recomenda-se.

Abraços
Hélder Sousa

antonio graça de abreu disse...

Pois é, dão-lhes protagonismo e os dislates e mentirolas saem de um jacto.
A Giselda está de boa saúde, o Boeing era 707 e não 747 ( o que faz a sua diferença), desembarcar sete ( 7!, sete?) corpos de paraquedistas diante do avião dos TAM acabado de chegar de Portugal, diante de quem acabava de chegar à Guiné quando o desembarque de mortos e feridos em combate, dos hélis das DO se fazia a mais de 500 metros de distânca, mais um ataque ao aeroporto de Bissao que durou toda a noite (?).

Enfim, visões surreais, um chorrilho de disparates que nem a avançada idade desculpa.
Porque há gente que acredita que está é a verdade dos factos...
Então o homem Gonçalves não estava lá, a cinco metros de distância? Não viu a Giselda ficar sem cabeça?
Aurélio Gonçalves, porquê tanta aldrabice?

Honra à memória da enfermeira pára-quedista Celeste Pereira.

Forte abraço,

António Graça de Abreu

Juvenal Amado disse...

Ainda bem que é mentira Giselda.

Um abraço e muita saúde.

Anónimo disse...

O "Correio da Manhã" está sempre a superar-se...Tipo tás a ver, mas acho que sei lá !!!
Longa vida à Giselda.
JERO

PS- Ficava bem ao Aurélio Gonçalves, digo eu, pedir a rectificação ao jornal.

Manuel Reis disse...

Camarigos:

Esse é um jornal que não leio, porque notícias desse género são normais nesse jornal.

Há uns anos foi publicada uma notícia, sobre a Guerra Colonial, por uma alta patente militar, cheia de insultos e mentiras, em que era a pessoa visada. Tentei que a verdade fosse reposta, enviando para o jornal um texto esclarecedor, mas a publicação foi-me recusada.

Tive de evocar o direito de resposta, para que ela fosse publicada num canto, meia escondida.

Um abraço.

Manuel Reis


Rendas Pereira(Rocha Forte) disse...

Para além dos relatos sempre aumentados, em que muitos pretendem algum protagonismo, fica aqui expresso,que um jornal que se prese deve ter algum cuidado quando se envolve nomes de pessoas, não passando por si só a responsabilidade, a quem a conta a história, sob pena do referido jornal se tornar um pasquim.
Fica desta história, a boa notícia de que a Giselda transpira saúde.

Um abraço

Rendas Pereira

Anónimo disse...



Este senhor merecia uma resposta no mesmo jornal.

A quantidade de asneirada tremenda.

Claro que o jornal pode ter truncado algumas coisas, mas está bom de ver que há sujeitos que se querem colocar em bicos dos pés.

Reparem neste mimo, para além de outros, como os corpos embrulhados em lençóis brancos, etc: «Lembro-me que há 8 anos que não chovia na ilha e os cães comiam o papel que andava pelo ar» Brilhante!!!

Um abraço

Joaquim

José Marcelino Martins disse...

Bom dia camarigos

Já há muito que deixei de ler "ESTES TEXTOS".

Já li, e pela pena e memória de um então capitão, hoje coronel na reserva que, quando chegou com a sua companhia a Bissau "viu", no cais e à espera de serem carregados para o navio em que tinha ido, as "47 urnas dos militares que morreram afogados no rio Corubal, cujos corpos não foram oficialmente recuperados.

Também li que, um militar, relatava a visita que o Gen Spínola fez ao aquartelamento onde se encontrava, para lhe colocar no peito a Cruz de Guerra. Só que o período em que lá esteve, ainda não sido convidado para prestar serviço na Guiné.

É que estes textos são escritos pelo próprio, ou a seu pedido, e depois o "jornalista" faz o seu texto, sem qualquer critério e desprezando, minimamente, o rigor que os factos requerem e, por último, não vale a pena "tentar" o contraditório, uma vez que o CM não aceita críticas.

Felizmente há jornalistas e "jornalistas".

Anónimo disse...

É muito oportuno este texto-análise do Miguel Pessoa,e desejo que ao ser lido por alguns "heróis" lhes incuta na mente a seriedade que tantas vezes lhes falta, quando começam a perorar sobre situações que nunca viveram e inventam historietas que têm sempre o mesmo objectivo: " EU FUI HERÓI", tenham, esses "heróis, estado em Bissau, no Guileje, no Cumbijã ou em Gadamael!
Este não é um caso isolado e todos os domingos nasce um novo herói no Correio da Manhã!
Quem esteve debaixo de fogo dezenas e dezenas de vezes, topa-os logo e revolta-se com a sua leitura recusando-se até a contar histórias dificéis que viveu a qualquer correio!
Creio que o jornal cumpre o seu papel e se estes episódios duram há tanto, tanto tempo é porque existam muitos, muitos "heróis" que, com as suas mentiras os seus dislates os seus desconchavos, continuem a envergonhar os Combatentes que sofreram as agruras da guerra colonial.

Vasco A. R. da Gama

Juvenal Amado disse...

Há tempos alguém apelidou este jornal de "BOSTA ROLANTE" . Eu penso que teve razão em charmar-lhe assim na altura e terá sempre uma vez que esta publicação, vive de um tipo de jornalismo bombástico poucas vezes rigoroso e nada preocupado com o jornalismo verdadeiro que é coisa que nunca fez.
Mas ao ser este jornal mais vendido por cá, dá-nos o exemplo de que a maioria dos leitores de jornais são hoje em Portugal.
Mercê destas tomadas de posição só hoje tive o interesse em ver o tal policia aérero que até uma foto numa operação no mato. Nunca tive o conhecimento que P.As fizessem operações no mato até hoje. Dá vontade de rir e é uma afronta a quem de facto esteve no mato, bem longe dos arames farpados à volta de Bissau.
Mas esta forma de "vêr" como quem esteve lá é uma forma de se enaltecerem que se há-de fazer?

Um abraço

Anónimo disse...

A vida é assim.
Saio de casa para ir tomar uma bica, e ao entrar no café, fico paralisado como que se tivesse apanhado uma descarga de alta tensão.
Não era caso para menos. Alguém bem frontal, me diz:
-Tua amiga Pára Quedista, já morreu.
Com o olhar no infinito, só disse, impossível não me disseram nada.
Só aliviei quando me disse...há 40 anos.
Tudo esclarecido.
Infelizes palavras de quem deve estar louco, ou mais louco quem as publicou.
Apetecia-me fazer uma pergunta, mas como de tempos para cá tudo me corre mal... não faço.
Que Celeste descanse em paz.
E que Giselda,entre nós, se mantenha de boa saúde.
Quem para mim assim falou também esteve na Guiné entre 72/74.

António Paiva

Anónimo disse...

Além de já ter enviado ao Miguel e Giselda um mail pessoal, não posso deixar de comentar aqui como se criam estórias que depois fazem história, desvirtuam a verdade, confundem as pessoas e levam ao descrédito das situações.

À ou deveria escrever (há) grande combatente de Bissau, mais concretamente da PA da base aérea nº 12 tantas vezes não flagelada, mas sim atacada com tanto empenho e arte que ficou toda destruída, nem o espaço restou, digo eu e acreditem que eu é que sei, valha a comida e o regresso de todos estes empenhados eróis (não, não é erro na falta do h), combatentes...

Haja Deus (digo eu que não sou católico).

Nem mesmo nas coisas mais simples para quem partilhou o mesmo espaço conseguimos estar juntos. Isto para não falar de consenso. Acreditem que não é tanto por causa do com é mais por causa do senso.
BS

Anónimo disse...

Miguel já falámos sobre o assunto. Fiquei espantada com a notícia que não a vi no próprio dia mas passados quatro dias, por um meu amigo que também esteve na Guiné e conhece-vos a si e Giselda, pelos Blogues e notícias anteriores e por saber que somos amigos e que temos partilhado encontros. Ainda bem que critica a notícia e atempadamente. Duvido que aquele senhor tenha mesmo assistido ao acidente, ou o jornalista não entendeu bem o nome. Equívocos pouco simpáticos. Um abraço Miguel e Giselda e que Deus nos permita ainda andarmos por cá mais uns anitos. Mª Arminda