COMENTANDO O
TEXTO DO POSTE 937
Manuel Frazão Vieira |
Veio o JERO, recentemente,
comentar e recordar que, por força desse malogrado
acontecimento apareceu uma cantiga sobre o "avião da
Nazaré", mas que não se recorda da letra.
Pois, então, retenho,
ainda, uns resquícios melódicos dessa composição que muitas vezes ouvia cantar
à minha avó, minha mãe e mulheres lá da aldeia, perto de Leiria, e que diziam
referir-se à queda de um avião na praia da Nazaré. Será? Não consultei nada nem
ninguém, nem estudei o assunto. Só sei que todos os anos a minha família,
juntando-se a outras famílias íamos passar uns 8 dias à praia da
Nazaré. Não se falava em férias, eram uns dias de descanso, depois das vindimas
e arrecadado o vinho - à época, forte economia de subsistência
familiar.
A tal cançoneta sobre o
"avião da Nazaré" era tão martelada pelo pessoal lá da
terra que se tornou muito popular. É natural que a letra e
a melodia se fossem transmitindo no tempo, revelando-se por via oral.
Sabemos que nos campos, nas tarefas agrícolas, para esquecer as agruras da
vida, era hábito homens e mulheres cantarolarem, enquanto, cultivavam as
terras. Sei do que escrevo e a minha "base de dados" gravava o pouco
e o muito que ouvia dos adultos! Isto, nas décadas de 50/60 e recordo-me de se
falar na queda do tal avião.
Então, tive de recorrer à
melodia que, ainda, retenho (era menino!) para "sacar" alguma parte
da letra que não deve fugir muito à composição que, então, se cantava. Se é
esta a letra do "avião da Nazaré" que o JERO procura recordar,
não sei. Se é, então, ela aí vai:
“Olha a
mala, olha a mala
Olha
a malinha de mão
Não é tua,
não é minha
É do nosso
hidrovião
É do nosso
hidrovião
Que caíu
na areia fina
Foi
parar à Nazaré
Por falta de
gasolina “
Abraços
Manuel Frazão Vieira
(ex-Alferes Milº -
PelCaçNat55)
Comentário do editor:
Sobre a canção em causa, tinha igualmente conhecimento desta música aqui referida, mas nunca a tinha relacionado com o acidente por mim descrito.
Em primeiro lugar, porque só conhecia a primeira quadra da música, nada me dando a entender esse relacionamento. Por outro lado, a referência ao "hidrovião", que não encaixava no acontecimento real, visto tratar-se de um avião normal. Finalmente, não me pareceu de muito bom gosto tratar de uma forma tão ligeira um acontecimento que marcou tragicamente a vida de várias pessoas.
Tentámos saber mais alguma informação na Net. Podem ver os resultados aqui e também aqui.
Em primeiro lugar, porque só conhecia a primeira quadra da música, nada me dando a entender esse relacionamento. Por outro lado, a referência ao "hidrovião", que não encaixava no acontecimento real, visto tratar-se de um avião normal. Finalmente, não me pareceu de muito bom gosto tratar de uma forma tão ligeira um acontecimento que marcou tragicamente a vida de várias pessoas.
Tentámos saber mais alguma informação na Net. Podem ver os resultados aqui e também aqui.
Miguel Pessoa
2 comentários:
Interessante a coincidência da canção e o acidente descrito pelo nosso camarigo.
Recordo-me bem quando a canção saiu à rua. Também a cantarolava algumas vezes.
Se não estou em erro até a saudosa Amália a cantou.
Um abraço.
M Arminda
Credo haver "mal entendido" quanto ao local do accidente e tipo de aviäo.
Em finais dos anos 40 (inicio dos anos 50?) um hidro aviäo desapareceu no mar da palha (frente a LIsboa) tendo falecido todos os passageiros.
Um grande abraco desde o extremo do extremo norte da Suecia
J.Belo
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