UM SISTEMA ANTI-ROUBO!
A recente narrativa do Miguel Pessoa sobre o “desvio” da sua bolsa por parte do JERO
fez-me lembrar uma história dos meus tempos de Luanda, que também tem a ver com
bolsas deste tipo.
Naquele
tempo, 1974/1975, corriam dias agitados por Luanda, com muita gente armada para
além dos três Movimentos que se degladiavam diariamente com disparos de várias
armas. A prudência aconselhava a que também o comum cidadão, se pudesse,
carregasse um “tira teimas” por causa das coisas.
Assim,
era habitual ver homens com bolsas deste tipo, que afinal para além dos
documentos, etc., também carregavam uma qualquer pistola para segurança
pessoal.
No meu caso era uma Walther PPK, que felizmente nunca tive de usar.
Também
por isso mesmo, e não só, os roubos por esticão aconteciam com frequência na
cidade.
Ora uma
noite, um oficial superior da Força Aérea, Piloto Aviador, que fazia parte do
meu círculo de amigos - e que não identifico porque ainda está entre nós, e
poderia não gostar de relembrar a história, (embora a mesma não tenha nada de
mal) - brindou-nos com a seguinte ideia:
Dizia
ele que ia colocar na sua bolsa uma granada de mão, com um fio atado à argola e
ao seu pulso, e assim, quando o ladrão lhe roubasse a bolsa iria ter uma enorme
surpresa!!!
Melhor,
dizia ele, é que logo a seguir ao roubo, seria hilariante ver a vitima a correr
para o lado oposto ao do assaltante, gritando “agarra que é ladrão”!!!
O
“sistema”, felizmente, nunca foi testado!!!
Joaquim
Mexia Alves
Monte
Real, 23 de Julho de 2015
1 comentário:
Pois, caro Joaquim, ainda bem que não chegou a haver ocasião de 'testar' a eficácia do 'modelo anti-roubo'.
Podia acontecer alguma desgraça e as consequências, ainda hoje, talvez 'pesassem' na memória!
Foi melhor assim!
Abraço
Hélder S.
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