Reproduzimos
hoje um artigo recentemente publicado na revista do CM sobre “memórias da
guerra de África”. Embora apresentado por um jornalista, ele foi
verdadeiramente preparado pelo “entrevistado”, o nosso JERO, José Eduardo Reis
de Oliveira. É um texto muito
interessante, bem elaborado, que aborda a guerra de África por um outro prisma
menos habitual, o do regresso.
Como
já tivemos ocasião de referir aqui, a leitura destas memórias de guerra com mais
de 40 anos de idade leva-nos por vezes a “comer gato por lebre”, pois à
degradada memória de muitos junta-se a excessiva imaginação de quem por vezes
nem estava presente, não falando já das interpretações erradas induzidas pelos
próprios jornalistas.
Não
é o caso presente. Com base na sua experiência de jornalista o nosso camarada JERO soube abordar
o desafio com muita sensibilidade, disponibilizando-nos um texto bem escrito, muito
interessante – e muito compreensível para quem por lá andou.
15 comentários:
Caros camaradas
Começo por dizer que concordo inteiramente com a introdução do "amado chefe" Mexia Alves.
Trata-se de uma boa contribuição literária, um tanto à margem das habituais 'acções de guerra' que costumam 'rechear' estes depoimentos do "CM" e as razões adiantadas pelo Joaquim fazem todo o sentido.
Curiosamente, ou talvez não, eu acabo sempre por encontrar nas posturas, nos sentimentos, nas descrições que o JERO faz, um pouco de mim. Não é que aquela sensação de vazio que ele relata também a tive?
Abraços
Hélder Sousa
O texto do Jero é excelente e tenho orgulho em ter um amigo assim.
Não digo mais nada para não "estragar" o texto que tudo merece.
Parabéns Jero.
Caro Helder
Não reparaste mas a introdução é do Miguel pois foi ele quem colocou o post.
Penso como tu.
Um abraço a todos especialmente ao Jero
Parabens Jero. Um magnifico depoimento de momentos inesqueciveis que todos nós, os que regressámos pelos nossos pés, vivemos. E quanto ao "engano" que alguém teve ao "desembaraçar-te" do teu saco que tu consideras como um regressado de novo à civilização, eu digo-te que no meu último dia de Guiné, poucas horas antes de embarcar no Carvalho Araujo, também alguem levou o meu rádio Sony, meu companheiro de 2 anos, sem eu dar por isso. Acontecia e acontece. Há sempre um amigo do alheio, ali ao lado, a olhar a oportunidade. Um abração.
Carlos Pinheiro
Pois é, meus caros camaradas e amigos.
Como sempre, a pressa é má conselheira...
Alertado por 'um passarinho' voltei aqui e reparo tanto no comentário do Joaquim como no rodapé do 'post' onde está a autoria da publicação e, por isso, mil perdões e o seu a seu dono.
A introdução é, obviamente, do Miguel Pessoa, a quem simultaneamente felicito pelo conteúdo e peço as desculpas necessárias pelo erro de 'paternidade atribuída'.
Tudo o resto que escrevi continua a valer!
Hélder Sousa
Como sempre nos habituaram, os escritos, quer do Miguel quer do JERO, são palavras que devem mesmo serem lidas...
O JERO, na sua forma calma como sempre nos diz as coisas, não se esqueceu de lembrar que tinha regressado à civilização...
Pois é, só posso pedir ao Miguel e ao JERO que continuem a dar-nos mais prosa como a que nos têm brindado até agora.
BS
Camarigos
Tenho hoje na Tabanca do Centro um « acrescento» à minha família biológica, que tenho dificuldade em explicar. Faltam-me palavras.Sei que os vejo quase todos os dias e que conto eles para tudo que tem importância nesta fase da minha vida. Embora não esqueça os meus irmãos da CCaç. 675 os camarigos da Tabanca do Centro estão hoje mais próximos. Esta postagem , retirada do « CM », foi mais prova dessa amizade especial que nos une. Permitam-me referir alguns dos camarigos especiais : Joaquim Mexia Alves, Miguel Pessoa, Vasco da Gama, Hélder de Sousa,Bernardo Sardinha, Carlos Pinheiro. E da Tabanca Grande Carlos Vinhal. Para todos um abraço continuado. JERO
Gostei de ler este episódio da vida do nosso amigo Gero. Penso que este sentimento aconteceu algo parecido com muitos de nós, quando chegou o momento final de entrar noutro mundo, ou no quotidiano de uma vida muito diferente da que se tinha levado anteriormente, por terras africanas. É uma sensação estranha acordar-se no dia seguinte e percebermos que se fechou um capítulo das nossas vidas. O alheio existiu sempre e há-de continuar a existir. A mim levaram-me um casal de periquitos da Guiné que trazia para a minha irmã. Se fosse hoje teria que responder por isso. É bom recordarmos estes e outros episódios,da (nossa guerra). Um abraço para os dois, Gero e Miguel. Mª Arminda
Boa tarde Maria Arminda. Tivemos um desencontro de 2 minutos e não a incluí no meu agradecimento. Fica hoje e aqui a expressão da minha amizade e gratidão.Muito obrigada.JERO
CAMARIGOS,
TENHO A CERTEZA DE TER COMENTADO ESTE BELO TEXTO DO JERO,MAS POR ARTES QUE DESCONHEÇO SE PERDEU NO ÉTER...
ADMITO QUE PORVENTURA,NA HORA DE FIXAR O NÃO TENHA FEITO PORQUE ENTRETANTO ESTIVESSE OU NO CHAT OU NOUTRA COISA QUALQUER E COMO SOU UM VERDADEIRO ANALFABETO NESTAS COISAS DAS NOVAS TECNOLOGIAS...
A SITUAÇÃO DE APATIA, INCREDIBILIDADE PELO REGRESSO,QUE O JERO SENTIU DENTRO DO NAVIO,É O REFLEXO DE QUEM PASSANDO AS "PASSAS DO ALGARVE" PRECISA DE SE ALFINETAR PARA ACORDAR PARA A REALIDADE DO FIM DO MARTÍRIO...
E A MALA QUE SE FOI,REPRESENTA A VIVÊNCIA NOS GRANDES CENTROS ONDE O CARTEIRISTA(UMA ESPÉCIE DE SINÓNIMO DE POLÍTICO)"TRABALHA" MAL APANHA O CIDADÃO DISTRAÍDO...
UM GRANDE ABRAÇO,JERO.
mm
Meu caro JERO,
Faltaste ao almoço de dia 26, omtem, imperdoável, mas, espero, por uma boa causa.
Tinha um assunto para esclarecermos, queria agradecer-te a tua disponibilidade para meu padrinho, embora sem me consultares, creio que por achares que não seria necessário e te parecer que não me assenta bem o meu nome de baptismo, digo eu.
Vejamos, no nosso início de relacionamento tratavas-me, e bem, por Belarmino, com o decorrer do tempo começaste a chamar-me Bernardino e constato agora, pelo teu comentário escrito, que já alteraste e passei a Bernardo.
Não tenho nada contra nenhum dos nomes da tua preferência, mas, por favor, escolhe apenas um, pois caso contrário terei de começar a assinar Belarmino Bernardino Bernardo… e vou acabar por ter mais nomes que os filhos do D. Duarte.
Fico a aguardar o veredito da tua decisão, calmo e sereno e se não for antes, até Setembro.
Um grande e forte abraço,
BS
SER BELARMINO OU BERNARDO
ISSO NÃO É CULPA MINHA.
QUE TE IMPORTA TAL TROCA,
SE CONTINUAS SARDINHA!
O Pescador de Buarcos
As minhas desculpas senhor Sardinha. A idade não perdoa e, de vez em quando, troco uns nomes. Mas nunca os apelidos...Só por estar a 150 kms não fui,em mão,corrigir o lapso amigo Bernardino, digo, Belarmino. Ficará para uma próxima se não for antes.Cumprimentos a tua mulher. Grande abraço de Oeiras. Avô JERO
PS-Um agradecimento especial ao Poeta e Pescador de Buarcos.
Em defesa do camarigo
Vem o Pescador de Buarcos
Terra onde faltam sardinhas
Mas não por falta dos barcos
Outro comensal animado
Informa sardinhas haver
Basta uma curta viagem
P’ra na Figueira as comer
Na Figueira que é da Foz
Está confusão instalada
Buarcos fica sem voz
Por causa da sardinhada
O JERO esquece os nomes
O Pescador a sardinha
Vamos ver é se acabamos
Sentados a uma mesinha
BS
Muito boa BS. Vamos nessa. Proponho encontro em São Martinho do Porto para "reforço", seguindo depois para Buarcos. Aguardo ordens. JERO
JERO,
Só hoje respondo por andar com outros afazeres inadiáveis, embora digam as más línguas que os reformados têm tempo para tudo...
Tenho pena mas esta semana já não vai dar e segundo o Pimentel esta era de facto a semana da sardinha na Figueira da Foz, em Buarcos não há!!!!
Mas estou de acordo com a tua sugestão e sejam sardinhas ou outro peixe podemos combinar outro dia.
Um abraço,
BS
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