VIROU-SE O FEITIÇO
CONTRA O FEITICEIRO…
Nos anos 60/70 costumava vir
para o Hotel um Senhor Doutor, homem de bom trato, mas “esfusiante”, nervoso,
que falava alto e dava nas vistas.
Era bastante mais velho do
que eu e tinha por costume, infelizmente, vir por detrás de mim e dar-me uma
palmada nas costas, que ele julgava “meiga” mas que afinal tinha força
demasiada e chegava a magoar.
Avisei-o várias vezes para
não repetir tal “cumprimento”, o que nunca surtiu efeito até ao dia em que
respondi na “mesma moeda”. Terminaram nesse momento, finalmente, as palmadas
nas minhas costas.
Mas o referido senhor, tinha
a convicção, ou pelo menos apregoava aos “sete ventos” tal condição, de ser um
conhecedor e praticante das artes marciais, vulgo Karate.
Nesse tempo no Hotel
trabalhava então um rapaz dos seus 14/15 anos como “groom” (como à época se
dizia), já “bem espigado”, e que longe de ser tímido e reservado, sendo
respeitador, não deixava de ter a sua personalidade, como se costuma dizer.
As suas funções, para além
de ir buscar os jornais, ir ao correio, fazer recados, etc., eram também as de abrir
as portas de vai-vem que davam acesso ao corredor que levava à Sala de Jantar,
e as portas da referida sala, à hora das refeições.
Ora um dia, por volta das 12H30,
hora a que se abria a sala para os almoços (mês de Agosto, Sala de Jantar
cheia), o Senhor Doutor ao entrar na sala, e quando o "groom" lhe abria a porta,
fez menção, na brincadeira, de executar um “pontapé de Karate” dirigido ao
rapaz.
Apanhado de surpresa, o rapaz agarrou-lhe a perna, tendo o Senhor Doutor ficado estendido ao comprido no meio das mesas da Sala de Jantar, para gáudio e risota dos restantes hóspedes.
Teve o senhor o bom senso de não apresentar nenhuma reclamação, foram apresentadas as desculpas necessárias e, pelo menos no Hotel, pararam as “bravatas” sobre os seus dotes de “karateca”.
Apanhado de surpresa, o rapaz agarrou-lhe a perna, tendo o Senhor Doutor ficado estendido ao comprido no meio das mesas da Sala de Jantar, para gáudio e risota dos restantes hóspedes.
Teve o senhor o bom senso de não apresentar nenhuma reclamação, foram apresentadas as desculpas necessárias e, pelo menos no Hotel, pararam as “bravatas” sobre os seus dotes de “karateca”.
Joaquim Mexia Alves
2 comentários:
Engraçada a estória. Meteu-se o Sr. Dr. na boca do lobo. Ficou-lhe por certo de emenda, com esta paga da mesma moeda.
Um abraço amigos, Migueel e Mexia Alves.
Engraçada a estória. Meteu-se o Sr. Dr. na boca do lobo. Ficou-lhe por certo de emenda, com esta paga da mesma moeda.
Um abraço amigos, Migueel e Mexia Alves.
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